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Justiça culpa ex-assessor de Iéltsin

Pavel Bórodin tem 14 dias para recorrer Keystone

Pavel Bórodin, que assessorou o ex-presidente Iéltsin, é considerado culpado pela justiça suíça de lavagem de 38 milhões de francos (€ 27 mio) - comissões pagas por duas empresas suíças que renovaram o Kremlin.

O procurador geral de Genebra, Bernard Bertossa comunicou, na segunda-feira 5/3, que para a justiça suíça Pavel Bórodin, ex-intendente do Kremlin no governo de Boris Iéltsin, é culpado de lavagem de dinheiro.

Suborno

Por envolvimento em corrupção Bórodin teria que pagar 300 mil francos – € 202 mil – mas dispõe de um prazo de 14 dias para recorrer da decisão.

O amigo de Iéltsin teria lavado na Suíça comissões ocultas no valor de 38 milhões de francos, pagas pelas construtoras Mercata e Mabetex, instaladas no cantão de Ticino, sudeste. O suborno que teria permitido às duas empresas conseguirem contrato de renovação do Kremlin e do avião presidencial russo, em 1995 e 1996.

O contrato foi estimado em 486 milhões de francos – € 328 milhões. E a justiça russa arquivou o caso, “por falta de provas”.

Histórico

O “affair” Bórodin emergiu em 1999 quando apareceram indícios de lavagem de dinheiro com utilização de contas bancárias na Suíça, em 1994 e 1995.

Em 17 de janeiro de 2001, o ex-chefe da Administração do Kremlin e ex-assessor do presidente russo, Bóris Ieltsin, foi preso ao desembarcar nos Estados Unidos para a posse do presidente George W. Bush. A detenção atendia a ordem de captura internacional emitida pela justiça suíça.

Após quase 3 meses de prisão, Bórodin foi extraditado para a Suíça. Ele ficou detido menos de uma semana, em Genebra. Foi solto depois que o governo russo pagou fiança de 5 milhões de francos (€ 3.3 milhões) .

Desde maio de 2001, Bórodin havia comparecido 7 vezes diante de seus juízes em Genebra, negando-se a responder a interrogatórios. A instrução, levado a cabo pelo juiz Daniel Devaud, terminou em outubro. O veredicto saiu agora: “culpado”.

swissinfo com agências.

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