Lançada a campanha contra adesão à ONU
Adiantando-se à campanha do governo, a ser lançada terça-feira, os anti-ONU explicaram que a Suíça não deve aderir às Nações Unidas para preservar a neutralidade. Os eleitores vão decidir dia 3 de março.
Em nome da defesa de neutralidade, o comitê suíço contra a adesão à ONU “política” lançou a campanha contra “colocar o país sob tutela”.
Estrutura anti-democrática
A campanha é coordenada pela Associação por uma Suíça independente e neutra (Asin), cuja figura principal é o deputado federal Christoph Blocher, líder da direita nacionalista.
O comitê contra a adesão tem um orçamento de 2 milhões de francos (l,3 milhão de euros) para a campanha. Ele considera a estrutura política da ONU, especialmente o Conselho de Segurança, “profondamente antidemocrática”.
“Os interesses econômicos e estratégicos dos membros permanentes do Conselho de Segurança paralizam a capacidade da organização de atingir seus objetivos fundamentais”, afirma o comitê anti-ONU.
Eleitores votaram contra em 1986
A Suíça já faz parte das principais organizações especializadas da ONU e contribui com 470 milhões de francos ( € 305 milhões) por ano para o orçamento das Nações Unidas. No entanto, o país não é membro e a adesão custaria mais 70 milhões de francos por ano, nos cálculos do governo.
Se aderir, a Suíça deverá aplicar “medidas repressivas, sansões e boicotes decididas pelo Conselho de Segurança e isso reduziria massiçamente a soberania do país”, afirma o comitê contra a adesão.
Amanhã, será a vez do governo federal apresentar seus argumentos ao lançar oficialmente a campanha pela adesão. O povo decidirá dia 3 de março. Na última votação do gênero, em 1986, o eleitorado rejeitou a adesão à ONU.
swissinfo com agências
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