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Mais especialistas no combate a minas

Em Genebra, escultura de 12 m atrai atenção para o problema Keystone Archive

Como um dos países mais envolvidos no combate a minas terrestres, a Suíça forma atualmente novos especialistas em "desminagem" e seu Centro Internacional de Desminagem Humanitário, em Genebra, está se tornando incontornável nessa área. Avaliam-se em cerca de 100 milhões as minas terrestres que matam a cada 20 minutos...

Na pequena cidade alpina de Kandersteg, cantão (estado) de Berna, é atualmente formada mais uma dezena de supervisores em desativação de minas. Até o ano que vem, a Suíça deve já dispor de 40 especialistas no setor.

Missão delicada

É uma gota d’água diante das necessidades. A avaliação é de que existam entre 60 e 110 milhões de minas terrestres em países onde ocorrem ou ocorreram conflitos. E dois milhões de minas são “plantadas” anualmente. Essa “arma do pobre”, – barata e fácil de fabricar – mata uma pessoa de 20 em 20 minutos.

Bom aluno

A Suíça, muito ciosa de sua “vocação humanitária”, quer passar por bom aluno na luta ingrata contra essa arma, investindo em formação de especialistas, em material para estropiados por minas, e criando bancos de dados para interessados.

Nesse sentido ratificou rapidamente o “Tratado de Ottawa”, concluído em 1997 sob impulso de ONGs, em particular Handicap International, e que entrou em vigor em janeiro de 1999.

Potências ignoram tratado

O tratado de 97 visava a proibição total de minas, a destruição dos estoques em 4 anos e a desativação das minas nas zonas atingidas. Mas continua esbarrando em 2 obstáculos: o financiamento dos programas e a ausência de países importantes: Estados Unidos, Rússia, China e também Israel, principais produtores de minas, nem sequer assinaram o Tratado de Ottawa.

Esse tratado como observou representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em Genebra, é como uma receita médica “que não permite (por si) conter a epidemia das minas”.

Angola e Moçambique atingidos

Resta que países como Suíça e Canadá ontinuam empenhados na limpeza das minas terrestres que entravam a reconstrução em dezenas de países, incluindo Moçambique e Angola.

No ano passado, um sistema de “desminagem” inédito e menos arriscado, de fabricação suíça, foi utilizado em Kosovo e na Bósnia. O sistema, adquirido por exércitos estrangeiros, permite destruir o artefato sem que haja contato com a arma, reduzindo consideravelmente o perigo de acidente.

E em 1998, foi inaugurado em Genebra o mencionado Centro Internacional de “Desminagem” Humanitário, internacionalmente reconhecido. Em colaboração com a Escola Politécnica Federal de Zurique, o centro dispõe de bancos de dados que fornece informações úteis e mapas relativos a desativação de minas terrestres.

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