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Metade das empresas suíças não sobrevive cinco anos

Um quinto das empresas vai à falência no primeiro ano Visum

Muitos empreendedores suíços têm pouco fôlego: 20% das empresas vão à falência no primeiro ano de existência. Após cinco anos, quase a metade (49%) desaparece do mapa.

Estudo aponta que empresas do setor industrial têm mais chances de sobreviver do que prestadoras de serviços.

No ano passado, 36.427 firmas foram criadas na Suíça – 6,3% a mais que em 2006 e terceiro ano consecutivo de crescimento. Mas muitas delas, no entanto, não sobreviverão por muito tempo, como mostram números do Departamento Federal de Estatísticas.

Um estudo feito pela instituição, com base em dados de 2000 a 2004, aponta que o índice de sobrevivência de empreendimentos do setor industrial suíço é um pouco superior ao do setor de serviços.

Isso é atribuído, em parte, ao fato de que as atividades do setor de serviços normalmente precisarem menos pessoal e investimentos em infra-estrutura e capital. Por isso, a fundação e o fechamento de empresa se tornam mais flexíveis, explicam os peritos.

Falta de preparo

Os empreendimentos que persistem por maior tempo encontram-se na construção civil, na indústria, na gastronomia e nas áreas de saúde e assistência social. Já as empresas do comércio, dos setores de crédito, seguros e serviços de informática têm menos chances de sobreviver a partir do segundo ano.

Segundo Heiko Bergmann, professor do Instituto Suíço para a Pequena e Média Empresa da Universidade de St-Gallen, o maior obstáculo é a falta de preparo de quem arrisca virar empresário.

“Empresários bem-sucedidos informam-se sobre o que os clientes querem em vez de se concentrar em sua tecnologia e no seu produto”, disse à swissinfo. “Muitas firmas fracassadas concentraram-se demais na oferta em vez de considerar a demanda”, explicou Bergmann.

Menos empregos

Nas empresas que se sobreviveram, o número de empregos chegou a duplicar nos primeiros cinco anos. Essa dinâmica, porém, não compensou as demissões causadas pelas falências, segundo o estudo.

A redução do número de funcionários das empresas fundadas entre 2001 e 2004 foi entre –4% e –7%; nas fundadas em 2000 foi de –18%.

swissinfo com agências

Segundo a Creditreform (Associação dos Credores Suíços), o número de falências no país caiu para 4.314 em 2007 – 4,7% a menos do que no ano anterior. Há uma tendência de queda deste número desde 2005.

Em 2007, novamente foram registradas 6,6% mais firmas do que no ano anterior, informa a Creditreform.

O Departamento Federal de Estatísticas da Suíça considera empresa “sobrevivente” aquela que tem continuidade.

Para isso, ela deve exercer sempre uma atividade econômica – no mínimo 20 horas por semana – e em seus dois primeiros anos de existência não participar de fusão e incorporação ou ser dividida.

Uma mudança de razão social, forma jurídica, atividade principal ou de endereço é considerada uma interrupção da continuidade de uma empresa, segundo a definição.

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