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Crianças brasileiras exploram o Museu Olímpico Internacional

Crianças suíço-brasileiras durante a visita ao Museu Olímpico em Lausanne. Irene Zwetsch

Uma atividade multicolorida, alegre, interessante e divertida: assim foi o encontro que reuniu cerca de 70 crianças brasileiras no Museu Olímpico Internacional, em Lausanne no dia 22 de maio. 

São todos alunos da ABEC e da Associação Raízes, escolas de Português como Língua de Herança nos cantões de língua alemã e francesa da Suíça. As salas com vídeos, fotos, jogos interativos, objetos e uma verdadeira viagem pelo mundo do esporte quase foram pequenas para abrigar tanta energia.

Miriam Vizentini, coordenadora pedagógica da ABEC e uma das responsáveis pelo encontro, afirma que o objetivo foi que as crianças falassem português, a “única língua comum, pois uns falam alemão e os outros, francês”. Esta foi a primeira atividade conjunta das duas escolas e permitiu aos alunos ver que “existem outras crianças que estudam português como língua de herança”.

“Um dos objetivos era permitir a interação entre a ABEC e a Raízes”, destaca Ana Riccioppo, responsável pela organização na região francesa. Além disso, foi uma forma das crianças falarem português, de comemorar o Dia do Português como Língua de Herança (16 de maio) e de trabalhar o tema Olimpíadas: “O vocabulário básico foi aprendido em sala de aula e no Museu puderam vivenciar”. Desta primeira excursão da escola participaram 35 dos 70 alunos matriculados na Raízes.

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Um programa 100% brasileiro

Este conteúdo foi publicado em Até 25 de setembro, o Museu Olímpico em Lausanne, Suíça, viverá ao ritmo do Rio de Janeiro. O espaço oferece uma grande exposição no museu e no parque olímpico e muita música brasileira, cinema e outras atividades. Tudo é gratuito. A exposição no Museu Olímpico começou em grande ritmo, com a presença de 19 pessoas…

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Os personagens principais saíram satisfeitos. A expectativa de Carlos de Sousa (ABEC) – ver fotos de pessoas, esculturas, história das olimpíadas, foi plenamente satisfeita. O museu reúne uma interessante coleção sobre o mundo olímpico. Desde a origem, em Olímpia, passando pelo início dos Jogos Olímpicos modernos e todos os elementos que fazem parte dessa festa esportiva.

No meio da visita o grupo foi dividido para fazer atividades no jardim do museu. Os menores fizeram brincadeiras, enquanto os mais velhos responderam a um questionário sobre o Brasil e o esporte. Para estimular a interação e a comunicação em português foram formadas duplas com um aluno de cada escola. O resultado aprovou. Romeu da Silva Neves (Raízes) e Matteo Blum (ABEC) gostaram. “Cada um tinha uma ideia e explicava para o outro. Pode fazer bem com par”, disse Romeu. Para Matteo, “foi mais fácil fazer com dois do que com um. Um ajuda o outro”.

“Adorei ver os esportes”, disse Mila da Silva Neves (Raízes). O que ela mais gostou? “Os ‘vestidos’ (vestimentas e uniformes) e a tocha”. Ela não foi a única. Os “vestidos” e as tochas olímpicas foram, ao lado dos jogos interativos, as atrações preferidas das crianças. Foi o que comprovou um grupo de meninas (Raízes), que gostou ainda das animações e dos mascotes. Elas só lamentaram não poder fazer tudo. Para um grupo de meninos (Raízes) o mais interessante foram “os vestidos, os jogos que podia fazer, a parte interativa, as tochas olímpicas, as medalhas e o jogo de adivinhar qual era a tocha”. Seus esportes preferidos são futebol, tiro com arco e snowboard.

Ana Luisa Horst (ABEC) prefere esquiar e disse que “foi legal ver o tema não só na escola, mas também no museu”. Os irmãos Tiago e Daniel de Sousa (ABEC) compartilham a preferência dos outros. Sobre a atividade prática Tiago conta que ele e seu parceiro da Raízes conseguiram responder todas as perguntas. Daniel completa: “O trabalho conjunto foi difícil, mas foi legal falar português.”

De certa forma, as crianças vivenciaram o espírito olímpico, descrito pelo “pai” dos Jogos Olímpicos modernos, Pierre de Coubertin: “O Olimpismo não é um sistema, é um estado de espírito”. Por isso, o objetivo da Olimpíada não deve ser glorificar o desempenho ou a vitória, mas dar o melhor de si mesmo, progredir e ultrapassar os limites, tanto no esporte quanto na vida.

* O artigo foi inicialmente publicado na revista Linha DiretaLink externo, do Conselho Brasileiro na Suíça (CBS) e cedida para publicação na swissinfo.ch

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