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Ministro toca em Montreux

Cartaz oficial da versão 2003 do Festival de Jazz de Montreux, realizado pelo artista Ted Scapa. www.montreuxjazz.com

37o Festival de Jazz de Montreux será uma mistura de ritmos e países.

Brasil tem mais uma vez participação privilegiada: não só tocam bandas novas como o Falamansa e Cidade Negra, mas também clássicos como João Gilberto, Maria Bethânia e Gilberto Gil, ministro da Cultura.

Montreux é uma cidade privilegiada: uma vez por ano, essa pequena cidade da Suíça de expressão francesa, onde Charles Chaplin viveu vinte e cinco anos, localizada às margens do lago de Genebra e com apenas 22 mil habitantes, transforma-se na Meca para os amantes da música.

O 37o Festival de Jazz de Montreux acaba de anunciar seu programa para 2003. De 4 a 19 de julho, mais de 100 grupos tocarão na programação oficial. Além dos shows de músicos profissionais, mais de 300 grupos estarõ se apresentando gratuitamente nas praças e bares da romântica cidade suíça.

Apesar de intitular-se um evento de jazz, o festival na cidade suíça é considerada uma festa eclética. “Sempre tive a ambição de chamar a atenção das pessoas para a boa música”, explica Claude Nobs, fundador do festival.

Uma das tradições do evento não foi quebrada na versão de 2003: o Brasil está presente em três noites seguidas no festival, com uma seleção de estrelas da MBP.

Ministro brasileiro em Montreux

No dia 11 de julho realiza-se a “Gala Night”, que será animada por Chico César e a dupla formada por Gilberto Gil, ministro da Cultura do Brasil, e Maria Bethânia. Um dia depois é a vez da “Brazil Fiesta”, que contará com a participação de Jair Rodrigues, Luciano Mello, Jair Oliveira e o grupo carioca Cidade Negra. No dia 13 de julho está programado um concerto do legendário João Gilberto, que já é uma figura conhecida nos palcos de Montreux.

Além das atrações brasileiras, o festival apresenta estrelas pop internacionais como Jamiroquai, Simply Red, Radiohead e até alguns dinossauros do rock’in roll: Jethro Tull, ZZ Top e The Pretenders.

Do jazz virão à Montreux nomes conhecidos como George Benson, Natalie Cole, além de músicos tarimbados como a cantora Cassandra Wilson e o guitarrista John Abercrombie.

Primeiro festival em 1967

A primeira versão do Festival de Jazz de Montreux ocorreu em 1967, graças a uma iniciativa do suíço Claude Nobs, cozinheiro de profissão e músico nas horas vagas.

Durante três dias, os 1200 espectadores assistiram estrelas do jazz como o Charles Lloyd Quartet, Keith Jarrett, Cecil McBee e Jack DeJohnette. “Nesse ano eram apenas duas pessoas organizando o festival: meu trabalho era cozinhar para os artistas, buscá-los no aeroporto e colocar o pessoal no palco, frente ao microfone”, conta Nobs.

Evento tem hoje importância mundial

O evento cresceu durante os anos e hoje é programa quase obrigatório na agenda de estrelas internacionais. Em 2002, o público foi de 220 mil pessoas. Mais de 1200 funcionários trabalharam na organização. Cerca de 37% dos bilhetes foram vendidos pela internet, sendo que muitas vezes, logo depois do início da venda.

A imprensa também é uma presença constante. Em 2002, 464 jornalistas de todo o mundo vieram cobrir os shows do festival. Além do alto nível dos artistas que se apresentam em Montreux, muitas vezes ocorrem surpresas agradáveis como o show do artista inglês David Bowie, que ao mesmo é um morador da pequena cidade de Vevey, distante apenas poucos minutos de Montreux.

swissinfo, Alexander Thoele

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