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Mulheres continuam inferiores

Na greve de 1991, as mulheres já queriam atos em frente ao palácio do governo Keystone Archive

Nesta quinta-feira, 14 de junho, várias manifestações estão marcadas na Suíça. Fazem 20 anos que que igualdade dos sexos foi inscrita na Constituíça e 10 anos que as mulheres organizaram uma greve nacional. Apesar de uma certa evolução, a desigualdade persiste.

Dez anos depois da greve geral, a diferença de salários entre homens e mulheres caiu de 25 para 20%, em média. Nesse ritmo, a igualdade salarial será obtida dentro de 35 anos.

Em outros aspectos da vida profissional, nada mudou em dez anos: mais da metade das mulheres trabalha a tempo parcial; os homens são 10%. 53% das mulheres que trabalham a tempo integral ganham menos de 4 mil francos por mês; os homens com esses salários são 20%. Em geral, tanto na administração pública como nas empresas, as mulheres ocupam cargos inferiores na hierarquia.

A nível da representação política, as mulheres ganham terreno mas muito lentamente. Entre Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, elas passaram de 18 a 24% em dez anos. Nesse ritmo, a paridade na Câmara ocorrerá dentro de 40 anos.

A fraca proporção de mulheres na Economia e na Política é atribuida, em parte, pela sobrecarga de trabalho no lar. Estudo da Divisão Federal de Estatística (OFS) demonstra que, entre os casais com filhos, a responsabilidade pelas tarefas domésticas é das mulherem em 87% dos casos.

Os filhos raramente influenciam a vida profissional do pai. Em geral, a mãe passa a trabalhar a tempo parcial, prejudicando os planos de carreira. Segundo a OFS, três quartos das mulheres que ocupam cargos de direção não conseguem conciliar a carreira profissional com o papel de mãe.

As duas ministras no governo federal, Ruth Dreiffus (Interior) e Ruth Metzler (Justiça e Polícia), não têm filhos.

swissinfo com agências

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