A morte sempre foi um tema central nas obras do artista britânico Damien Hirst. Agora, durante a pandemia de Covid-19, Hirst organizou uma exposição de mais de 40 de suas obras na luxuosa estação de esqui de St Moritz, no leste da Suíça.

Helen James Thomas Stephens

"Mental EscapologyLink externo", que apresenta esculturas gigantescas, bem como suas pinturas mais conhecidas e pinturas coloridas de borboletas, é a primeira exposição pública de Hirst na Suíça. Ela está sendo realizada em cinco locais - internos e externos - incluindo dois edifícios históricos: o Fórum Paracelsus e a Igreja Protestante, no centro da cidade.

Hirst, um pioneiro divisor do movimento Young British Artists dos anos 90, ajudou a organizar a exposição através das mídias sociais e por telefone de Londres.

"Eu nunca estive em St Moritz. Mas eu sei onde tudo está lá. É como quando eu costumava jogar Tomb Raider e entreva numa praça em Veneza e a reconhecia do videogame", disse ao jornal inglês The GuardianLink externo.

Os destaques incluem três grandes esculturas de bronze ao ar livre: o "The Monk" (2014), com pernas cruzadas em posição de yoga, é a primeira obra de arte a ser exibida no lago; "Two Figures with a Drum" (2013) foi instalada na margem sudoeste do lago; e "Temple" (2008), uma escultura pintada de sete metros retratando um modelo anatômico, pode ser vista em Waldhaus Am See.

"Proteus" (2012) retrata o deus do mar que muda de forma da mitologia grega e está localizado do lado de fora da Igreja Protestante.

O site de Hirst diz que a exposição "se envolve tanto com a paisagem espetacular da região quanto com os espaços públicos mais importantes da cidade para mostrar a arte, criando um diálogo entre a natureza, o homem, o contemporâneo e o histórico".

A exposição Mental Escapology está prevista para funcionar em St Moritz e online até 24 de março.

Adaptação: Fernando Hirschy