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Patrizia Fuchs

Erio Cella gerencia há quase 42 anos o restaurante italiano Parma em Davos. Há 28 juntamente com a sua esposa Patrizia Fuchs. Durante o Fórum Econômico Mundial, seu estabelecimento recebe um grande número de personalidades. (Kristian Kapp, swissinfo.ch)

Erio Cella chegou em Davos há 55 anos. O italiano originário de Parma tinha apenas 17 anos. Quatorze anos depois, ele abriu o seu próprio restaurante, batizado com o nome da cidade natal. Foi em 1975. Até hoje ele se lembra: “Os nativos diziam que eu não iria sobreviver nem um ano. Mas hoje eu ainda estou aqui, o mais antigo gastrônomo de Davos”.

Juntamente com sua esposa, Patrizia Fuchs, eles gerenciam o restaurante especializado em pratos italianos. Tradição é um ponto importante para ele. “Quando eu contrato um cozinheiro, pergunto sempre se ele trabalha na cozinha com a faca ou a tesoura. Pois hoje muitos trabalham mais com as misturas pré-fabricadas. Mas aqui comigo é diferente.”

O WEF traz muitas personalidades ao seu restaurante. “O primeiro conselheiro federal (um dos sete ministros que governa a Suíça) foi o Nello Celio”, conta Cella. Os últimos foram os atuais ministros Doris Leuthard e Alain Berset. Porém também há clientes internacionais como o rei Juan Carlos (Espanha) ou o falecido presidente de Israel, Shimon Peres. Sua visita era sempre um momento especial durante o encontro internacional, conta Patrizia Fuchs: “Shimon Peres ia primeiramente para a mesa dos clientes habituais e os cumprimentava e depois sentava à mesa”. Essa atmosfera familiar é importante. “Nós tratamos todos da mesma maneira, mesmo durante o WEF”, diz, lembrando que o cardápio também não é modificado para os VIPs.

A história de sucesso de Erio Cella também teve seus momentos difíceis. “Quando cheguei em Davos, achei que não ficaria mais do que quatro meses por aqui. Eu vim de Parma, oito metros acima do nível do mar. E aqui estava nas montanhas”. Mas então ele começou de baixo, limpado pratos. “Meu primeiro salário era de 280 francos por mês”. Hoje ri dessas lembranças. “No início lavava pratos e hoje, 55 anos depois, continuo limpando os copos.” 

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