Nestlé anuncia queda nas vendas em 2024

A Nestlé, gigante suíça do setor de alimentos, divulgou na quinta-feira lucros menores em 2024 devido às fracas condições econômicas e à demanda dos consumidores. Mas o grupo sediado em Vevey propôs um aumento de dividendos e mantém suas metas para 2025.
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As vendas anuais caíram 1,8% para CHF91,35 bilhões (US$ 100,4 bilhões), disse a Nestlé em um comunicado à imprensa na quinta-feira. A empresa registrou um crescimento orgânico de 2,2%, enquanto o crescimento interno real, ou volume de vendas, foi de 0,8%, em comparação com -0,3% no ano anterior.
As vendas de café foram, mais uma vez, um importante fator de crescimento, aumentando no segundo semestre do ano de 0,1% para 1,4%. Os produtos de confeitaria e de cuidados com animais de estimação também contribuíram. O crescimento veio principalmente dos mercados emergentes e da Europa.
O lucro operacional recorrente caiu 2,2% para CHF 15,70 bilhões, e a margem associada foi de 17,2% contra 17,3% no ano anterior. O lucro líquido diminuiu 2,9%, para CHF 10,88 bilhões.

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Esses resultados foram, em linhas gerais, compatíveis com as expectativas dos analistas. Especialistas consultados pela agência de notícias AWP esperavam receitas de CHF91 bilhões, lucro operacional ajustado de CHF15,5 bilhões e uma margem relacionada de 17%. Esperava-se um crescimento orgânico de 2,1% e um lucro antes de juros e impostos (EBIT) de 0,7%.
O fluxo de caixa livre melhorou em 2,5% para CHF10,67 bilhões. Na assembleia geral anual da Nestlé, em 16 de abril, os acionistas serão convidados a aprovar um aumento nos dividendos para CHF 3,05 por ação, em comparação com CHF 3,00 no ano anterior.
Economia de 300 milhões
Olhando para o futuro, a Nestlé espera um melhor crescimento orgânico das vendas para 2025, sem fornecer um número, enquanto a margem operacional subjacente deve atingir 16%.

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“Temos um roteiro claro para acelerar o desempenho e nos prepararmos para o futuro”, garante Laurent Freixe, que é CEO desde setembro de 2024.
A Nestlé espera que os planos de economizar CHF 2,5 bilhões até o final de 2027 comecem a surtir efeito. O programa, anunciado em novembro, já resultou em uma economia de CHF300 milhões. A economia total deve chegar a CHF700 milhões este ano, aumentando para CHF1,4 bilhão até 2026.
Ao mesmo tempo, a gigante dos alimentos planeja investir 9% das vendas em publicidade e marketing até o final do ano.
(Adaptação: Fernando Hirschy)

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