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Não sai nome da nova companhia aérea suíça

A quase certeza é de que apareça o nome "Swiss" Keystone Archive

Previsto para ontem, o nome da companhia aérea suíça que substitui Swissair pode sair só em fevereiro. "Air Swiss", "Swiss Airlines", "CrossAir" ... não passam de especulações. Enquanto isso, Crossair continua realizando vôos da falida Swissair.

Com a falência da Swissair – que pediu concordata em outubro – e a confusão que se seguiu (com os aviões imobilizados por falta de dinheiro para pagar querosene, passageiros com passagens inúteis, abandonados à própria sorte) e enorme desgate da imagem da até então prestigiosa companhia aérea, o governo suíço interveio. Injetou dinheiro – a fundo perdido – na manutenção dos vôos até fim de março, na tentativa de salvar o que se podia salvar.

119 aeronaves operando

Crossair, filial da Swissair, passou nesse meio tempo de empresa regional – a maior da Europa – à condição de empresa aérea intercontinental. Herdou 25 vôos de distâncias médias e 25 de longas distâncias. E vai operar com 119 aeronaves. Governo e setor privado, a começar pelos dois maiores bancos do país – UBS e Crédit Suisse – decidiram injetar 2.4 bilhões de francos no projeto.

Foi no entanto necessário reorientar toda a estratégia da Swissair que investira em empresas européias em dificuldades : dando calote nelas ou pelo menos descumprindo contratos, despedindo pessoal e enxugando o máximo possível. (Houve choro e ranger de dentes, choques de concepções, exarcerbação de regionalismos).

“Swiss” deve aparecer no nome

Aos poucos parece que Crossair pode decolar pra valer em abril . Ainda restam dúdivas se se pode evitar desastre. O problema agora é garantir as bilionárias somas necessárias para a operação da empresa com o porte previsto.

E a preocupação do momento é batizar a nova companhia. A novo nome era aguardado no início da semana. O conselho de administração reuniu-se durante toda a segunda-feira. Mas nada transpirou. O nome estaria escolhido. Mas a preocupação é saber as implicações jurídicas e financeiras do mesmo.

A retomada do nome Swissair parece excluído porque se receia que os credores recorram contra a companhia. Parece quase certo que a palavra Swiss deva aparecer, porque Crossair teve a preocupação de registrá-lo. Todo o resto é especulação.

Estados hesitantes

Particular atenção merece agora a reação dos diferentes cantões (estados) suíços a projeto de que invistam na nova companhia 400 milhões de francos suíços (Sfr1.00 = 0,68 centavos de euro).

O cantão de Zurique entrou no fim de semana com 300 milhões. Berna e Solothurn já indicaram que não participam (10 e 3 milhões respectivamente). Genebra promete 10 milhões se todos os outros cantões participarem. Vaud parece favorável. E esperam-se decisões dos cantões restantes. Portanto a novela Swissair-Crossair continua.

J.Gabriel Barbosa

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