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Novo estádio aumenta a responsabilidade

Hilton (à direita) divide com Eduardo, outro brasileiro, do Grasshopper. Keystone

O zagueiro Hilton veio para a Suíça em 2001 porque "era financeiramente interessante".

Conhecia alguns clichês do país mas ignorava tudo do futebol suíço.

Hilton sabia que na Suíça fazia frio, que tinha os Alpes, chocolate, relógio e que ficava no centro da Europa. Ignorava tudo do futebol suíço.

Como havia passado alguns anos no Chapecoense, em Santa Catarina, e no Paraná, não estranhou o frio da Suíça.

A dificuldade da língua

“Pra mim o mais difícil foi a língua. Ainda bem que tinha o Clayton aqui (agora está no Internacional) e o massagista do clube que fala português », lembra Hilton.

« Esse negócio da língua não dá muito problema dentro do campo, mas fora! Depois disso, ele fez cursos de francês e diz que aprendeu bastante na prática também. Hoje consegue se comunicar melhor.

Como a maneira de treinar e jogar é diferente, Hilton afirma que melhorou seu desempenho físico na Suíça mas perdeu um pouco da técnica.

Ele sente que o futebol suíço está melhorando, embora o Servette esteja agora em pior fase de quando o zagueiro chegou. « Estávamos na Copa UEFA, com casa cheia », recorda.

O clube acabou sendo eliminado pelo Valência, na Espanha, quando perdeu de 3 a 0. “Nesse dia, ainda tive o azar de fazer um gol contra”, afirma.

Reconhecimento do trabalho

Hilton jogou no velho estádio « des Charmilles » (construido para a Copa de 1954, única disputada na Suíça) mas teve a oportunidade de jogar na estréia do novo Estádio de Genebra, em março, um dos mais modernos da Suíça.

« Toda a equipe sentiu a diferença, conta o zagueiro. Agora a gente tem uma responsabilidade maior pra tentar a classificação para uma copa européia e encher esse estádio », afirma o jogador.

Ele gosta de Genebra, cidade que considera tanqüila, sem violência e ideal para família. A única queixa é que o comércio fecha muito cedo, muito diferente do Brasil.

Embora os suíços sejam muito discretos, Hilton considera que, quando é cumprimentado nas ruas por torcedores, é um reconhecimento pelo trabalho que vem fazendo no Servertte FC.

swissinfo, Claudinê Gonçalves

– Nome: Vitorino Hilton da Silva

– Nascimento: 13 de setembro de 1997, em Brasília.

– No Servette desde 1° de julho de 2001, contrato até 2005.

– Clubes anteriores: Chapecoense e Paraná

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