O osso coreano do Mundial 2002
A atitude da Coréia do Norte preocupa os dirigentes do futebol internacional. O patrão da FIFA, o suíço Sepp Blatter, deseja ir a Pyongyong.
A Coréia do Norte atenderá mais às solicitações de Sepp Blatter que às de Seúl. Após o recente sorteio para a Copa do Mundo de 2002, a Federação Internacional de Futebol Association (FIFA) quer restabelecer o diálogo com Pyongyang (capital norte-coreana). Ou melhor, com o regime estalinista que continua surdo a convites que lhe são enviados.
"Única linguagem universal
"É uma de nossas prioridades - confia um dos dirigentes da FIFA - porque o futebol deve permitir às duas Coréias se falarem". De fato, a questão coreana não é puramente simbólica. É assunto que preocupa a administração do futebol mundial, com sede em Zurique.
Aliás, o presidente da FIFA, Sepp Blatter, esperava visitar Pyongyang antes de Natal. Principalmente para estudar possibilidade de realizar uma partida da Copa na Coréia do Norte, o que o repentino esfriamento das relações inter-coreanas tem impedido.
Sepp Blatter estima agora poder ir a Pyongyang no início do ano que vem. "Sempre disse, lembra Blatter, que o futebol, juntamente com a música, era a única linguagem universal".
A Suíça também envolvida
A Suíça não participa da próxima Copa do Mundo de Futebol. Mas também está interessada nas iniciativas da FIFA. Até porque, desde o fim da Guerra da Coréia, em 1953, a Suíça mantém observadores em Panmunjon, o único ponto de contato entre os dois irmãos inimigos.
Os militares suíços permanecem ao sul da fronteira, em acampamento que dividem com observadores suecos. Esses militares lamentam que a Copa seja ignorada pela TV norte-coreana, que podem captar.
"Pode-se perguntar se os norte-coreanos sabem que uma copa do mundo de futebol acontece no sul, comenta um diplomata suíço. Isso é totalmente surrealista".
Richard Wehrli, de Busan, Coréia do Sul.

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