Operação Ponto Final desmantela rede de corrupção no setor de transporte público do Rio de Janeiro
A Polícia Federal lançou nesta segunda-feira uma grande operação anticorrupção contra dirigentes do setor de transporte público do Rio de Janeiro acusados de pagar propinas astronômicas ao ex-governador Sérgio Cabral.
Segundo a Procuradoria, a rede desmantelada pela Operação Ponto Final é acusada de distribuir mais de 260 milhões de reais em propinas a políticos locais.
Sérgio Cabral teria recebido sozinho praticamente a metade – 122,85 milhões – no período de 2010 a 2016.
A rede de corrupção dava esta quantia “com o objetivo de obter contratos e controlar as tarifas”, segundo explicou a Procuradoria em um comunicado.
A intervenção desta segunda ocorreu em meio à Operação Lava Jato e incluiu a emissão de ordens de prisão para 12 diretores do setor. Três deles já foram detidos, confirmaram as autoridades.
A primeira prisão foi feita no domingo à noite no Aeroporto do Galeão quando o empresário Jacob Barata Filho ia embarcar em um voo com destino a Portugal.
Sua defesa negou que o detido pretendesse viajar sem a passagem de volta e que estivesse tentando fugir após ter sido avisado da operação desta segunda, como foi publicado pela imprensa do país.
Seu pai, Jacob Barata, conhecido como “o rei do ônibus”, é um dos magnatas mais influentes do setor do transporte público do Rio há décadas.