Política parlamentar ainda é coisa de homem
As mulheres são raras na Política. A Suíça está em 24° lugar em representantes femininas entre 179 países. Portugal está em 38° e o Brasil em 92°.
As mulheres representam apenas 14,3% dos eleitos nos Parlamentos em todo o mundo, segundo dados da União Interparlamentar (UIP), em Genebra, divulgados por ocasião da Jornada Internacional da Mulher, sexta-feira.
Muito resta a fazer
“A pesar dos recentes progressos nos países do leste europeu e nos países árabes, as mulheres ainda estão longe de terem uma participação paritária já que são metade da humanidade”, afirmou à swissinfo Christine Pintat, subscretária da UIP.
Integrada por Parlamentos de 149 países, a organização tem por objetivo facilitar o diálogo e a cooperação entre os Parlamentos e promover a democracia representativa.
Suíça tem participação média
Entre os 179 países catalogados pela UIP, os 5 primeiros em participação de mulheres são Suécia, Dinamarca, Finlândia, Noroega e Holanda, que ocilam entre 36 e 43% dos parlamentares.
A Suíça tem atualmente 23% de deputadas e 19,6% de senadoras e Portugal tem 18,7% de eleitas.
Na América Latina, a participação das mulheres na política parlamentar está entre 11 e 15%. A Argentina é a exceção com 151 mulheres entre os 329 parlamentares das duas câmaras, em 9° lugar na lista da UIP.
Prioridade para temas sociais
Em 92° lugar, o Brasil tem menos mulheres parlamentares que Cuba, Nicarágua, Peru e Equador, por exemplo. O Brasil tem apenas 40 representantes femininas entre as 593 cadeiras do Congresso.
A participação feminina muda alguma coisa na Política? Christene Pintat, da UIP responde que “nos países em que os Parlamentos tem pelo menos 20% de mulheres, mudam as prioridades, a linguagem e o manejo da atividade política e legislativa”. Por exemplo, conclui, “os temas sociais têm mais importancia em um Parlamento com forte participação feminina”.
Jaime Ortega
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