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Esporte é instrumento de paz e desenvolvimento

Presidente suíço, Samuel Schmid (à esquerda), represesentate da ONU, Adolf Ogi (à direita) e o ex-tenista alemão Boris Becker (ao centro). Keystone

Muito foi feito no "ano internacional do esporte" mas o papel do esporte ainda precisa ser reforçado.

Essa é uma das conclusões da Segunda Conferência sobre o Esporte o Desenvolvimento que ocorreu em Macolin, oeste da Suíça.

A Segunda Conferência Internacional sobre o Esporte e o Desenvolvimento foi encerrada terça-feira (06/11) em Macolin, oeste da Suíça, com a promessa de reforçar o papel do esporte a serviço da educação, da Saúde e da paz. Em Macolin está instalado o Centro Nacional suíço do Esporte. A primeira conferência foi em 2003.

Ministro brasleiro falou de resultados

A conferência contou com participação de cerca de 400 represenantes de 60 países, inclusive o ministro dos Esportes do Brasil, Agnelo Queiroz, e encerrou oficialmente o “Ano Internacional do Esporte e da Educação Física”, consagrado pela ONU a 2005.

Os partipantes relataram os resultados de projetos concretos da influência do esporte na educação, redução da criminalidade, prevenção da aids e na construção da paz.

O ministro Agnelo Queiroz falou principalmente de dois projetos em andamento no Brasil: o Segundo Tempo, o Pintando a Liberdade e o Pintanto a Cidadania. Explicou que no Segundo Tempo mais de 1 milhão de crianças participam e que o projeto está implantado em 800 cidades, em parceria com ONGs, instituições governamentais e setor privado.

Angola e Moçambique

Falou também do Pintando a Liberdade em que detentos de penitenciárias produzem material esportivo, contando um terço do tempo de trabalho em redução de pena. Já existem 70 centros de produção que beneficiam 12 milhões de pessoas, segundo o ministro.

Agnelo Queiroz falou ainda de outros projetos como o Bolsa Atleta e do programa de detecção de talentos esportivos nas escolas. Explicou também que o Brasil está ajudando a implantar projetos em Angola e Moçambique.

O esporte como elemento de reconstrução em situações de urgência também foi um temas enfatizados pelo chefe da Unidade Suíça de Ajuda em Catástrofes, Toni Frish. A Direção de Desenvolvimento e Cooperação (DDC), órgão do governo suíço, financia projetos educativos através do esporte no Irã, Sri Lanka e Indonésia.

Ao final da conferência foi adotado o “apelo de Macolin 2005”, que pede a mobilização de governos, organizações esportivas, Ongs, setor privado e mídia para reforçar o papel do esporte para o desenvolvimento.

Apelo à mobilização

“A declaração não é apenas uma folha de papel, é um apelo”, insistiu Adolf Ogi, conselheiro especial do secretário geral da Onu, Kofi Annan, para o esporte a serviço do desenvolvimento e da paz. Ogi também foi ministro dos esportes e presidente da Suíça, antes de ocupar o cargo atual na ONU.

Para tentar obter um apoio mais firme do setor privado, Ogi conseguiu agenda o tema no próximo Fórum Econômico Mundial de Davos (WEF), no início de 2006.

A terceira edição da Conferência de Macolin está marcada para outubro de 2008, com o tema “dividir os resultados e validar os impactos”.

swissinfo, Claudinê Gonçalves,
com a colaboração de Josiane Macieira

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