Suíça não quer hospedar a COP26
A Suíça não quer colocar seu nome à frente para sediar a cúpula internacional sobre o clima em 2020, conhecida como COP26. As autoridades federais dizem que não seria "sensato".
Autoridades de Genebra, cidade que abriga mais de 30 organizações internacionais, incluindo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), manifestaram interesse em realizar a conferência, mas o governo federal é contra a decisão, afirmou na sexta-feira (30).
"Em princípio, uma COP (Conferência das Partes) sobre mudança climática ocorre no país que tem a presidência", disse um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente à agência de notícias Keystone-SDA.
"De fato, espera-se que a presidência seja atribuída ao Grupo da Europa Ocidental e Outros, designado pela ONU. Mas a Itália já anunciou sua candidatura. O Reino Unido e a Turquia também mostraram interesse, caso Roma se retire”.
Decisão na Polônia
Normalmente, o primeiro país a anunciar suas intenções é premiado com a conferência. A decisão final sairá em Katowice, na Polônia, que deve começar a sediar a COP24 de domingo a 14 de dezembro.
"Além disso, é muito curto para organizar esse evento", acrescentou o porta-voz. “As COPs têm 20.000 participantes, um orçamento de CHF150-200 milhões e um grande número de funcionários. Não conseguimos tudo isso”.
“Neste contexto, não parece sensato propor uma candidatura suíça”.
O ministério confirmou no final de outubro que recebeu um pedido de Genebra para sediar a COP26.
As conferências da COP são realizadas todos os anos, reunindo todos os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que foi acordada no Rio em 1992.
O Brasil deve sediar a COP25 do próximo ano, mas já anunciou que retirou sua oferta. O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, é conhecido por suas visões controversas sobre o meio ambiente.

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