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Suíça e seu novo Parlamento: os resultados em seis gráficos

Die Wahlen 2019 in der Schweiz
Keystone / Peter Klaunzer

O novo Parlamento suíço foi constituído. Cinco gráficos explicam os principais resultados das eleições de 21 de outubro de 2010.

1. Mudanças no cenário político

As eleições trouxeram mudanças na correlação de poder, apesar de não serem tão grandes como ocorrem em outros países. Se o Partido Verde (PV) e o Partido Verde Liberal (PVL) haviam perdido votos nas eleições em 2015, quatro anos depois recuperam os eleitores e conquistam novos. Já o Partido do Povo Suíço (SVP, direita nacionalista) sofreu perdas consideráveis.

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2. Onda “ecológica”

A mudança climática se tornou o tema onipresente na política e na mídia. Os ecologistas conseguiram convencer o eleitorado da importância das suas questões.

O PV (geralmente mais à esquerda) e o PVL (mais à direita na sua abordagem das questões econômicas) são, portanto, os grandes vencedores das eleições.

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O PV acrescentou 17 assentos ao seu bloco no Conselho Nacional (Câmara dos Deputados), tornando-se a quarta maior força política do país. Sua presidente reivindica hoje participação no Conselho Federal, o corpo de sete ministros que governa o país. O PVL conquistou nove assentos adicionais. Ao avaliar a evolução em comparação com as eleições anteriores, é evidente que ambos os partidos fizeram muito melhor do que recuperar os assentos perdidos em 2015.

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3. Direita perde

Os resultados mostram que o SVP é o grande perdedor das eleições. As sondagens previam que o maior partido do país teria uma erosão de cerca de 2% do eleitorado. De fato, a direita nacionalista perdeu 3,8% e, com isso, 12 assentos no Conselho Nacional. Nas eleições passadas o partido havia conquistado eleitores.

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4. Menos participação

Mais uma vez uma maioria dos eleitores suíços não se mostraram interessados em participar: apenas 45,1% deram seu voto. O bloco dos não participantes chegou a crescer em relação a duas eleições anteriores.

O número não representa uma surpresa, pois geralmente na Suíça a taxa de participação sempre foi baixa, tanto em eleições como em plebiscitos. Se na década de 1950, 70% dos eleitores iam regularmente às urnas, a partir de 1979 a taxa ficou sempre inferior a 50%.

O que explica a falta de interesse? Os especialistas explicam que o sistema político helvético, baseado na democracia semidireta, faz com que não haja uma alternância entre maioria e a oposição. Graças a possibilidade de votar em questões relevantes, os eleitores não veem muito sentido em escolher seus representantes. Por outro lado, as mudanças na sociedade desde a Segunda Guerra Mundial resultaram em um declínio geral da participação política nos países industrializados.

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5. Mulheres no Parlamento

Mesmo antes das eleições as pesquisas já indicavam: as mulheres aumentariam sua proporção no Parlamento. Nunca antes houve tantas candidatas: 41% de mulheres nas listas dos partidos. A proporção de mulheres no Conselho Nacional aumenta de 32% para 42%. O Partido Socialdemocrata tem a maior proporção de mulheres entre os maiores partidos: 64% dos deputados-federais são mulheres.

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Adaptação: Alexander Thoele

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