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Imigração para a Suíça continua aumentando

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A gastronomia é um setor que depende fortemente da mão de obra estrangeira Keystone / Christian Beutler

O número de pessoas que se mudaram para a Suíça aumentou novamente no ano passado, levando a população estrangeira a ultrapassar os dois milhões.

Números divulgados pelo Departamento Federal de EstatísticasLink externo na sexta-feira (15) mostraram que a imigração líquida dos cidadãos da União Europeia (UE)/Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) aumentou em quase 31.000 em 2018, um pouco mais que em 2017.

A imigração geral – que é gerenciada por cotas para estrangeiros de países terceiros (incluindo, por exemplo, os Estados Unidos) e limites temporários para alguns membros mais novos da UE – aumentou 2,9%, para quase 55.000 pessoas.

Isso significa que quase 2,1 milhões de estrangeiros – mais de dois terços deles da UE e países da EFTA – moravam na Suíça no final de 2018 (destes, cerca de 400.000 nasceram na Suíça). A população total do país é de 8,4 milhões.

Os italianos compõem o maior grupo de estrangeiros, seguidos pelos alemães e os portugueses.

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Suíça, terra de imigração europeia

Este conteúdo foi publicado em Mais de 80% da população estrangeira na Suíça vêm de um país europeu. A emigração da Alemanha, Itália e da França para a Suíça tem raízes históricas profundas, como mostra este gráfico da evolução do número total de residentes estrangeiros na Suíça de 1850 aos dias de hoje. No final do século XIX, a construção…

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Livre circulação?

As estatísticas chegam em um momento em que a política de livre circulação de pessoas do país está sendo questionada.

A Suíça, que não faz parte da UE, permite a livre circulação de pessoas da UE e da EFTA, da qual fazem parte Islândia, Liechtenstein e Noruega, em troca de um maior acesso ao mercado único da União Europeia.

Mas a direita conservadora, liderada pelo Partido Popular Suíço, e grupos anti-UE estão tentando forçar um referendo sobre o fim do acordo de livre circulação com a UE, argumentando que há estrangeiros demais no país. Nenhuma data para votação foi ainda definida.

O governo suíço se opõe ao referendo, dizendo que a livre circulação é parte essencial das relações com a UE, que é o maior parceiro comercial da Suíça.

A UE e a Suíça estão atualmente também envolvidas em negociações sobre um acordo-quadro para as relações bilaterais, que também inclui a livre circulação de pessoas.

swissinfo.ch/fh

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