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Mulheres vão comandar a Suíça em 2010

A ministra da Economia será também presidente em 2010. Keystone

Pela primeira vez na longa história suíça, três mulheres ocuparão os principais cargos políticos do país.

Este conteúdo foi publicado em 02. dezembro 2009 - 16:56

A presidência da Suíça, exercida alternadamente por um dos sete ministros, cabe à ministra da Economia, Doris Leuthard. Outras duas mulheres já ocupam há uma semana as presidências da Câmara e do Senado.

As mulheres obtiveram tardiamente, somente em 1971, o direito de voto e de elegibilidade, mas começam a recuperar o terreno perdido. De fato, desde a criação da chamada Suíça Moderna, cujas instituições funcionam até hoje, pela primeira vez o país será politicamente comandado por três mulheres.

A ministra da Economia, Doris Leuthard será a presidente do país em 2010. Ela foi eleita pelo Parlamento quarta-feira (02/12) no sistema rotativo em vigor^para suceder no cargo o ministro das Finanças, Hans-Rudolf Merz.

Primeira presidência

Membro do Partido Democrata Cristão (PDC, centro-direita) esta será a primeira presidência de Leuthard, no governo desde maio de 2006. Aos 46 anos, ela erá também a mais jovem presidente da Suíça desde Marcel Pilet-Golaz, em 1934.

Analistas políticos que a acompanham de perto, como do jornal Le Temps dizem que Leuthard é brilhante, charmosa, competente, curiosa e cultivada, mas que lhe falta ainda maior envergadura política e uma visão clara do mundo.

Em 23 de novembro foram eleitas, também pelo Parlamento, as presidentes da Câmara, Pascale Bruderer, do Partido Socialista (PS) e do Senado, Erika Forster, do Partido Radical Democrático (PRD).

A participação das mulheres na política na Suíça aumenta de maneira lenta e regular desde 1971 (ano em que obtiveram o direito de voto e de elegibilidade), precisa Madelaine Schneider, da Divisão Federal de Estatísticas (OFS).

Atualmente, entre os 200 deputados federais, 29,5% são mulheres, uma das maiores participações feministas da Europa. No senado suíço a proporção é de 19%.

Nas assembleias legislativas (parlamentos cantonais), a proporção de mulheres varia muito de um estado a outro. Vai de 30% em Zurique em Basileia a 11% no Ticino (sul, de língua italiana).

A maior problema que as mulheres enfrentam para entrar em política na Suíça é a dificuldade em conciliar vida familiar, vida profissional e carreira política. Foi o resultado da última pesquisa feita sobre o assunto, em 2004.

Escandinavas lideram

Se a média de participação das mulheres em política na Suíça é superior à da França (18%), ainda é muito inferior à dos países escandinavos. A Suécia, por exemplo, tem 47% e a Finlândia 41,5%.

Na Suíça, portanto, além do fato inédito dos três principais cargos políticos do país serem ocupados por mulheres, em 2010, cabe ainda lembrar que o governo federal tem atualmente três mulheres entre os sete ministros, fato também inédito. Além da ministra da Economia e presidente em 2010 Doris Leuthard, a ministra da Justiça e Polícia, Eveline Widmer-Schlumpf e a ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey.

Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch

Presidente da Suíça

A função de presidente da Suíça é assumida, de maneira alternada por cada um dos membros dos sete membros do Executivo Federal, que ocupam os ministérios, de acordo o tempo de serviço.
O mandato presidencial de um ano não comporta competências e poderes particulares em relação aos outros seis ministros.

O (ou a) presidente dirige as reuniões do governo e assume principalmente funções de representação do país em recepções, conferências ou outras manifestações.

Os últimos presidentes que exerceram foram Samuel Schmid (2005), Moritz Leuenberger (2006), Micheline Calmy-Rey (2007), Pascal Couchepin (2008) e Hans-Rudolf Merz (2009).

Em 2010, a presidente será a ministra da Economia, Doris Leuthard, do Partido Democrata Cristão (PDC) e o vice-presidente será o ministro dos Transportes, Comunicações, Energia e Meio Ambiente, Moritz Leuenberger, do Partido Socialista (PS).

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