Suíça e Portugal marcam 100 anos de namoro com congresso científico
A Embaixada da Suíça em Lisboa reuniu cientistas suíços e portugueses nos dias 2 e 3 de maio, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, num congresso sobre ciência e inovaçãoLink externo, no âmbito das comemorações dos 100 anos de relações diplomáticas bilaterais entre Suíça e Portugal.
“São várias as semelhanças entre as duas comunidades de cientistas, as trocas frutuosas de ideias e resultados, bem como dos ambientes de trabalho com investigadores portugueses na Suíça e cientistas suíços em Portugal. Mas não seriam cientistas se não soubessem também aprender com as diferenças, mesmo com os obstáculos que por vezes os separam”, explica André Regli, Embaixador da Suíça em Portugal.
Entre os oradores está Patrick Aebischer, ex-reitor da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), professor de Neurociências e diretor do Laboratório de Doenças Neurodegenerativas, e Susan Gasser, diretora do Instituto Friedrich Miescher de Investigação Biomédica e professora na Universidade de Basel.
As relações bilaterais entre a Suíça e Portugal podem ser traçadas a 1815, quando Portugal reconheceu, junto às outras potências europeias vitoriosas nas guerras napoleônicas, a neutralidade da Suíça. As relações consulares entre os dois países iniciaram-se então, mas o primeiro acordo entre os dois países só foi firmado em 1883.
O ano de 1919 marca o início das relações diplomáticas entre Suíça e Portugal pois foi finalmente naquele ano que um representante oficial do governo suíço (mas sem a patente de embaixador) foi enviado para assumir o consulado em Lisboa, que existia desde 1817. O consulado virou chancelaria diplomática em 1936, depois missão diplomática em 1945, e só em 1959 a Confederação inaugurou uma embaixada no país.
Portugal abriu seu primeiro consulado na Suíça em 1855, em Genebra. Berna recebeu uma missão portuguesa em 1892, que virou embaixada em 1959.
Os laços entre os dois países só têm se estreitado nas últimas décadas, em especial desde os anos 1980, graças à grande presença de portugueses na Suíça – a terceira maior comunidade imigrante do país.
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