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Preso em Angola o controverso investidor Jean-Claude Bastos

Jean-Claude Basto
O suíço-angolano Jean-Claude Basto é o pivô do escândalo que envolve o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) e sua empresa, a Quan­tum Global, As autoridades angolanas estimam que os arranjos de Bastos lhe permitiram desviar mais de US$ 1,5 bilhões dos cofres públicos. jeanclaudebastosdemorais.com

Segundo as agências de notícias locais, o chefe angolano-suíço do fundo Quantum Global, baseado em Zug, foi detido sob suspeita de desvio de fundos nacionais.

Bastos foi citado nas revelações do “Paradise Papers” e até recentemente gerido o fundo soberano angolano. O seu patrão, José Filomeno dos Santos, ex-dirigente do fundo soberano angolano e filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, também foi preso. Santos havia sido demitido do cargo em janeiro passado pelo novo presidente de Angola, João Lourenço.

O procurador-geral de Angola, Álvaro Da Silva João, disse que os acusados ​​foram colocados sob prisão preventiva na segunda-feira porque havia provas suficientes de que eles haviam se envolvido em atividades corruptas.

Cobrança de apropriação indébita

De acordo com o Ministério das Finanças angolano, dos Santos é suspeito de ter desenvolvido, enquanto administrava o Fundo Soberano de Angola, uma fraude que poderia ter permitido que ele e seus cúmplices desviassem até US$ 1,5 bilhão (CHF 1,4 bilhão).

O golpe fazia parte de um plano que permitiria que Angola se beneficiasse com US$ 35 bilhões em financiamentos, com uma falsa garantia do banco Credit Suisse, dizem os relatórios. A fraude foi descoberta por meio de uma transferência suspeita de US$ 500 milhões para a conta londrina do Credit Suisse, bloqueada pelas autoridades britânicas.

A Procuradoria-Geral da Suíça anunciou em maio que havia aberto uma investigação sobre lavagem de dinheiro vinculada a ativos mantidos pelo Banco Nacional de Angola e pelo fundo soberano angolano. Várias buscas foram solicitadas, inclusive nos escritórios de Bastos na Suíça.

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Suíça investiga fundos angolanos por lavagem de dinheiro

Este conteúdo foi publicado em O procurador-geral abriu processo criminal contra pessoas de identidade não revelada, conforme anunciou à agência de notícias financeiras AWP na quinta-feira. A declaração confirma informações publicadas na quarta-feira em vários jornais suíços. O processo criminal está ligado a possíveis delitos contra os bens detidos pelo Banco Nacional de Angola e pelo fundo soberano angolano (Fundo Soberano…

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