Remanejamento no governo suíço
Três ministérios mudam de mão no governo suíço, depois da eleição, na semana passada de uma nova ministra.
Pascal Couchepin sai da Economia para o Interior; Joseph Deiss sai das Relações Exteriores para a Economia e a nova eleita, Micheline Calmy-Rey, vai chefiar a diplomacia.
A eleição de um novo membro para o governo federal (chamado na Suíça de Conselho Federal) é a única oportunidade para um remanejamento entre os 7 ministros.
Reformas tendem a ser mais liberais
Na semana passada, o Parlamento elegeu a socialista Micheline Calmy-Rey para suceder à também socialista Ruth Deiffus, que decidiu deixa o governo.
Depois de uma semana de discussões, a recomposição do governo foi anunciada quarta-feira (11.12). Ela obedece a alguns critérios mas o mais importante é que os ministros há mais tempo no cargo têm preferência se quiserem mudar de Pasta. O mais recente, no caso Calmy-Rey, fica com o ministério vago.
O remanejamento atual certamente terá repercussões políticas. O Ministério do Interior era ocupado há 9 anos pela socialista Ruth Dreiffus e o Partido Socialista queria mantê-lo para conservar o cunho social das reformas necessárias nos setores de Saúde e Previdência, grande preocupação atual dos suíços.
Em 2003 tem mais
Agora o Interior será ocupado por Pascal Couchepin, do Partido Radical, de direita, que deverá dar um tom mais liberal às reformas sociais, com o risco de suscitar descontentamento popular.
As outras duas mudanças terão menor impacto. Joseph Deiss, do Partido Democrata-Cristão, vai das Relações Exteriores para a Economia. Ele é economista de formação e tem viagem marcada para o Brasil, em fevereiro.
O Ministério das Relações fica, por enquanto, com a socialista Micheline Calmy-Rey, apesar dela ter muito mais experiência na área econômica e financeira. No ano que vem, é esperada a renúncia do ministro das Finanças Kaspar Villiger. Aí, outro ramanejamento é possível.
swissinfo/Claudinê Gonçalves
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