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Caças dos EUA atingem artilharia do Estado Islâmico no Iraque

Militantes do Estado Islâmico em checkpoint na província iraquiana de Nineveh. 07/08/2014 REUTERS/Stringer reuters_tickers

WASHINGTON (Reuters) – Aeronaves militares dos Estados Unidos realizaram um ataque nesta sexta-feira contra artilharia do Estado Islâmico usada para atacar forças curdas que defendem a cidade de Arbil, no Iraque, perto de pessoal norte-americano, informou um porta-voz do Pentágono.

Dois caças F/A-18 lançaram bombas guiadas a laser em uma unidade de artilharia móvel perto de Arbil, relatou o contra-almirante John Kirby, secretário de imprensa do Pentágono, em um comunicado.

O porta-voz do Pentágono afirmou que os rebeldes do Estado Islâmico vinham utilizando a artilharia para bombardear forças curdas que protegem Arbil, a capital da região semi-autônoma do Curdistão.

Os EUA têm um consulado e, desde o início da mais recente crise de segurança iraquiana, em junho, um centro de operações militares conjuntas na cidade.

“A decisão de atacar foi tomada pelo comandante do Comando Central dos EUA com autorização concedida pelo comandante em chefe (o presidente Barack Obama)”, afirmou Kirby.

Ele disse que o ataque ocorreu às 7h45 (horário de Brasília) e, de acordo com autoridades militares, foi lançado do porta-aviões USS George H.W. Bush.

Em junho, o Pentágono ordenou que o navio fosse ao Golfo Pérsico em preparação a uma possível ação militar no Iraque.

A ação aconteceu poucas horas depois de Obama autorizar, na noite de quinta-feira, ataques aéreos no Iraque para proteger cristãos e evitar “um possível ato de genocídio” de dezenas de milhares de membros da minoria iraquiana yazidi, que foram expulsos de suas casas e estão sitiados numa montanha.

Os EUA também começaram a enviar suprimentos de emergência aos refugiados por via aérea.

Os combatentes sunitas do Estado Islâmico, uma dissidência da Al Qaeda decidida a estabelecer um califado e erradicar os descrentes, varreu o norte iraquiano desde junho e também está se firmando perto de Arbil.

Embora Obama insista que os EUA não irão enviar tropas terrestres novamente ao país, os Estados Unidos desde junho já enviaram cerca de 700 soldados para proteger pessoal diplomático e instalações e para avaliar as forças e fraquezas dos militares do Iraque diante do avanço do Estado Islâmico.

(Por Bill Trott e Missy Ryan)

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