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Ruandês tem novo julgamento por genocídio

Ruandês é julgado por Tribunal Militar Keystone

Começou segunda-feira em Genebra o segundo julgamento do ex-prefeito ruandês Fulgence Niyonteze. Acusado de participação no genocídio em seu país, em 1994, ele foi preso na Suíça e condenado à prisão perpétua, em primeira instância, em abril de 1999.

O ex-prefeito de Mushubati, cidade de 80 mil habitantes 80 kms a oeste da capital Kigali, será julgado pelo Tribunal Militar de Recursos, em Genebra. Em primeira instância, Niyonteze foi condenado à prisão perpétua e a 15 anos de expulsão da Suíça pelo Tribunal Militar de Lausanne.

Fulgence Niyonteze, 36 anos, recorreu da sentença e está detido na penitenciária de Champ-Dollon, em Genebra. Ele nega ter participado do genocídio que causou mais de 500 mil mortos em Ruanda, em 1994. O primeiro julgamento durou três semanas e ele foi considerado culpado de violações graves das Convenções de Genebra sobre o direito humanitário. Foi o primeiro processo de um ruandês na Europa.

Depois do genocídio, o ex-prefeito fugiu para o Zaire, hoje República do Congo, depois veio para a Suíça, com sua família, e pediu asilo político. Foi reconhecido na rua por outros ruandeses e preso, em 1996.

Desde 1968, o Código Penal Militar suíço prevê o julgamento de supostos crimonosos de guerra mesmo por atos cometidos no estrangeiro. Nesses casos, aplica-se a lei suíça a suspeitos de qualquer nacionalidade e onde quer que crime tenha sido cometido.

O Tribunal Militar de Recursos de Genebra será presidido pelo coronel Luc Hafner e o julgamento deve durar duas semanas.

swissinfo com agências.

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