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Seleção fecha patrocínio com relojoaria suíça

Mano Menezes, Jean-Marc Jacot, Ricardo Teixeira e Ney Franco. parmigiani.ch

Símbolo sagrado no imaginário do povo brasileiro e sinônimo de poder e arte para os amantes do esporte espalhados pelo mundo, a Seleção Brasileira de futebol é uma marca a qual todas as outras marcas querem estar associadas.

Este conteúdo foi publicado em 10. maio 2011 minutos
Maurício Thuswohl, Rio de Janeiro, swissinfo.ch

De olho na Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, a Seleção conta com dez patrocinadores, com contratos que chegam a R$ 193 milhões, e acaba de completar o time com uma empresa suíça.

Válido pelos próximos cinco anos, o contrato de patrocínio entre a Parmigiani e a CBF foi anunciado no dia 3 de maio, em um hotel no Rio de Janeiro. O anúncio contou com as presenças do presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e dos técnicos das seleções principal (Mano Menezes) e sub-20 (Ney Franco) do Brasil: “Saudamos com alegria a chegada de mais um integrante da família CBF. A Parmigiani nos dará a honra de ver a sua marca de excelência associada à imagem consagrada por milhões de pessoas através de nossa Seleção Brasileira. Espero que essa parceria dure por muitos anos”, disse Teixeira.

Considerada uma das principais marcas da alta relojoaria internacional, a Parmigiani oferece produtos que fogem à realidade econômica de grande parte dos brasileiros. A linha que a empresa suíça produzirá para a CBF terá três faixas de preço. Os mais baratos sairão por cerca de US$ 15 mil. Os mais caros, com modelos exclusivos, custarão a partir de US$ 100 mil, preço mais compatível com os salários dos jogadores de futebol do que com a renda da imensa maioria dos torcedores.

Indagado sobre essa aparente contradição, o representante da Parmigiani, o suíço Jean-Marc Jacot, afirmou que isso não é uma limitação para a parceria com a CBF e explicou que a marca pode ser popular ainda assim: “Queremos ser como a Ferrari, que não é uma marca acessível para todas as pessoas, mas é extremamente popular em todo o mundo. Com a seleção brasileira, a Parmigiani se aproxima desse reconhecimento internacional”, disse.

Jacot comemorou a nova parceria: “Esse contrato com a seleção brasileira de futebol é muito importante para que a marca Parmigiani se torne mais conhecida no Brasil e no mundo inteiro. Todos sabemos que a seleção brasileira é ‘a’ equipe de futebol que todo mundo conhece e tem vontade de ver jogar. A CBF é uma confederação legendária, que escreveu a lenda do futebol nesses últimos cem anos ou quase”.

US$ 6,5 milhões

Jacot vê com bons olhos o futuro da Parmigiani no país: “O mercado brasileiro está em pleno crescimento e demonstra uma evolução importante para a relojoaria suíça e, sobretudo, para os relógios de luxo. Esse é um segmento que vem se tornando cada vez mais importante. Se o Brasil continuar a se desenvolver como está se desenvolvendo, nesse ritmo de evolução, terá um mercado que se tornará em pouco tempo para a relojoaria suíça tão importante quanto o mercado dos Estados Unidos”.

O valor total do contrato não foi oficialmente revelado pelas partes: “Só posso revelar que o montante do contrato foi demais para nós é não o suficiente para a CBF”, brincou o representante da Parmigiani. Uma fonte da CBF, entretanto, afirmou extraoficialmente à swissinfo.ch que o contrato gira em torno de US$ 6,5 milhões anuais. Pelos próximos cinco anos, a empresa suíça irá patrocinar todas as equipes da CBF, incluindo as seleções de base e a seleção feminina. A marca não será exibida nos uniformes de jogo ou treino, mas será associada à CBF na organização de eventos esportivos e institucionais.

Música e balonismo

Mais conhecida por patrocinar eventos tradicionais na Suíça como o Festival de Montreux ou o Festival de Balões de Château d’Oex, a Parmigiani estreou no mundo do futebol com um patrocínio à equipe francesa do Olimpique de Marselha.

Segundo Jacot, a Parmigiani já tem butiques, que chama de ateliês, na Europa e na Ásia, e pretende abrir duas no Brasil até a Copa de 2014.

Relógios e esporte

A relojoaria de luxo suíça procura associar-se ao esporte há muito tempo.

Omega cronometra grandes eventos esportivos, o último foi os Jogos Olímpicos de 2008.

Rolex é um dos patrocinadores de Roger Federer e compra espaços de um minuto na Euroesporte, um dos canais de maior audiência na Europa, sempre mostrando momentos de competições, principalmente de golfe, iatismo ou hipismo.

Hublot cronometrou a Copa do Mundo da África do Sul e também vai cronometrar a do Brasil, em 2014. A marca tem contrato com a Fifa, por enquanto para os dois Mundiais. Além do futebol, Hublot está presente no golfe, no iatismo e no polo.  

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Ricos e pobres

No Brasil, o poder de atração da Seleção é muito forte em todas as classes sociais.

Ciente disso, a Parmigiani aposta no fortalecimento da marca junto aos brasileiros mais endinheirados:

“Os brasileiros estão viajando cada vez mais, e é importante para nós que aqueles que estejam viajando em países como a França ou a Suíça, por exemplo, reconheçam a marca e possam comprar relógios Parmigiani fora do Brasil também. Por esta razão, a marca deve ser muito forte no Brasil”, diz Jean-Marc Jacot.

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