Senado deve dizer NÃO à UE.
É praticamente certo que o Senado suíço rejeite iniciativa popular "Sim a Europa", propondo início de negociações imediatas com vistas à adesão à União Européia. Deve recusar também sugestão de manter adesão como "objetivo estratégico".
Uma semana depois da Câmara dos Deputados, o Senado suíço debate quarta e quinta-feiras, 14 e 15 de junho, controvertida iniciativa popular (instrumento da democracia direta suíça).
Essa iniciativa lançada no embalo da aprovação pelo povo de uma série de acordos bilaterais - Suíça/União Européia - em 21 de maio, propõe que o governo inicie imediatamente negociações no sentido de acelerar a adesão da Suíça a esse bloco dos 15 países europeus.
Maioria do Senado é contra qualquer posicionamento da Suíça quanto à adesão. Rejeita também contra-projeto da Câmara sugerindo que a adesão seja considerada "objetivo estratégico".
Antes de qualquer passo rumo à Europa é preciso aplicar os acordos bilaterais com a UE e verificar na prática como funcionam, explica o democrata-cristão, Bruno Frick, relator da Comissão do Senado que sugere recusa da iniciativa.
Segundo ele cabe ao governo decidir o momento oportuno para reativar pedido de adesão, congelado em 1992, depois que o povo rejeitou o Espaço Econômico Europeu, que previa participação suíça na então Comunidade Européia, no setor da economia.
Uma minoria no Senado estima necessário o contra-projeto à iniciativa popular no sentido de mostrar que o Parlamento tem como objetivo final o ingresso da Suíça na UE.
O receio dessa minoria é se mantenha a iniciativa. Nesse caso ela será votada e seguramente rejeitada. Seria então enviado sinal negativo a Bruxelas, sede da União Européia.
Aderir ou não à Europa? Essa questão deve continuar dividindo os suíços ainda por muito tempo.
swissinfo com agências.

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