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Senadores dos EUA pedem para UE apoiar ativistas e reavaliar acordo com Cuba

Um manifestante discute com apoiadores do governo no parque El Quijote, em Havana, onde o ator e dramaturgo da oposição Yunior García deveria se manifestar em 14 de novembro de 2021 na capital cubana. afp_tickers

Dois senadores dos Estados Unidos pediram nesta quarta-feira (8) à União Europeia (UE) que condene a detenção de presos políticos cubanos, ajude mais os ativistas pró-democracia e reavalie o acordo de diálogo com Cuba.

Em uma carta enviada ao chefe da diplomacia europeia Josep Borrell, os senadores Marco Rubio e Bob Menéndez pedem a ele “para manter o compromisso histórico da UE com o povo cubano, os direitos humanos e a democracia renovando seu apelo ao governo cubano para libertar imediatamente José Daniel Ferrer, Luis Manuel Otero Alcántara, Maykel Osorbo e todos os presos políticos da ilha”.

Devido às manifestações deste ano na ilha, principalmente os protestos históricos de 11 de julho aos gritos de “Liberdade” e “Temos fome”, os senadores pedem “uma pressão internacional inabalável”.

Os protestos de julho deixaram um morto, dezenas de feridos e 1.292 detidos, dos quais 673 continuam presos, segundo a ONG de direitos humanos Cubalex.

Menéndez, presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, e Rubio, membro de mais alto escalão do subcomitê sobre as Américas, acusam a UE de “não ter aproveitado plenamente sua relação econômica com Cuba para alcançar um progresso democrático pelo qual lutou durante muito tempo”.

Apesar disso, segundo eles, foi comprovado que a pressão internacional sobre o governo cubano funcionou anteriormente. Citam o exemplo de 2020, quando o governo comutou a pena de quatro anos e meio de Ferrer para prisão domiciliar.

Ambos agradecem as resoluções do Parlamento Europeu que pedem sanções contra funcionários cubanos responsáveis pela repressão dos protestos de julho, mas pedem à UE para “reavaliar o Acordo de Diálogo Político e Cooperação com Cuba (PDCA, nas siglas em inglês) para garantir que permita à União Europeia facilitar o progresso do povo cubano”.

Em Cuba, toda oposição é ilegal e o governo acusa os dissidentes de serem financiados pelos Estados Unidos.

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