Menino acusado de agressão sexual

Agravamento do caso de Raoul, menino suíço-americano de 11 anos, acusado de incesto pela justiça dos Estados Unidos. Agora Raoul é acusado também de coerção sexual contra sua irmã de 5 anos. O caso tem grande impacto na Suíça.

Agravamento do caso de Raoul, menino suíço-americano de 11 anos, acusado de incesto pela justiça dos Estados Unidos. Agora Raoul é acusado também de coerção sexual contra sua irmã de 5 anos. O caso tem grande impacto na Suíça.

Essa acusação de coerção sexual veio agravar o caso do menino Raoul, preso desde início de setembro. Dia 19 de outubro a justiça americana estimou que havia motivo de julgar o garoto denunciado por uma vizinha que o tinha observado no jardim da casa onde vivia com os pais em Golden, no Estado do Colorado. Segundo a testemunha, Raoul abusou de sua meia-irmã de 5 anos a quem teria ajudado a fazer xixi. A primeira acusação judicial foi de incesto. Agora o Procurador de Colorado explicou que não há certificado de nascimento provando parentesco entre Raoul e sua meia-irmã, o que invalidaria a noção de incesto e acrescentou a noção de coerção sexual. O indiciamento está previsto para segunda-feira.

Esse “escândalo” tem repercutido muito na Suíça, ao contrário dos Estados Unidos onde a indiferença seria total, na opininão dos observadores. Seria porque se sentem desorientados pela violência de todos os gêneros entre adolescentes que os americanos optaram pela repressão. “Raoul, 11 anos, encarna os abusos de uma justiça que perdeu o senso da medida” escreve por exemplo o correspondente do jornal suíço Le Matin. Esse correspondente lembra que os Estados Unidos, país de quase 300 milhões de habitantes tem 2 milhões de detentos e mais de 100 milhões de jovens de menos de 18 anos na cadeia. E realça que muitos Estados americanos consideram que um jovem de 14 ou mesmo de 12 anos podem ser julgados como qualquer outro criminoso. E no Colorado justamente, onde está preso Raoul, menores de mais de 10 anos, acusados de incesto ou de agressão sexual devem responder diante da justiça pelo “crime”. E ainda: no Texas prevê-se legislação que aplique a pena de morte aos menores.

Na Suíça o escândalo é o julgamento desse menino. A imprensa e o governo acompanham o caso passo a passo. (gb)