SP solicitou autorização para vacina chinesa CoronaVac
O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (7) a oficialização do pedido de autorização para o uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac contra a covid-19, a fim de iniciar a imunização no dia 25 de janeiro.
Dinas Covas, diretor do Instituto Butantan de São Paulo, que desenvolve a vacina com o laboratório chinês Sinovac, especificou, no entanto, que pela manhã houve uma entrega de dados à entidade reguladora sanitária brasileira (Anvisa) e que ele tinha “a expectativa” de oficializar o pedido à tarde ou na sexta-feira.
“É um momento histórico”, disse o governador João Doria, se referindo ao primeiro pedido de vacina contra a pandemia no Brasil, onde o coronavírus já matou quase 200 mil pessoas.
Covas anunciou que os ensaios clínicos no Brasil mostraram uma taxa de imunização de 78% para a Coronavac e de 100% no que diz respeito à prevenção de casos graves e moderados e hospitalizações.
Até o momento, 12.476 médicos e enfermeiras participaram como voluntários dos testes que começaram em junho.
“Nenhum voluntário que recebeu a vacina foi hospitalizado”, disse Covas, que descreveu o imunizador como “excelente”. “Precisamos chegar aos braços das pessoas”, acrescentou, erguendo a voz.
A Anvisa terá o prazo de dez dias a partir da efetivação do pedido para se pronunciar.
O acordo entre o Instituto Butantan e a Sinovac prevê o envio de doses para o Brasil e a transferência de tecnologia para a produção local da vacina.
Pequim já enviou 10,7 milhões de doses e suprimentos a São Paulo para a fabricação de mais 40 milhões de doses.
Maior estado do Brasil, com 44 milhões de habitantes, São Paulo lidera o ranking nacional em números absolutos com 1,5 milhão de infecções e 47.511 mortes pela pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a questionar a vacina do Butantan, promovida por Doria, um de seus possíveis adversários nas eleições de 2022.
O Governo federal assinou acordo para compra de doses e desenvolvimento local da vacina produzida pela Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca e a fundação brasileira Fiocruz.
O Ministério da Saúde apresentou um plano de vacinação para o uso desses imunizantes, sem data de início.