Suíça ajuda países pobres na OMC
Agência de Cooperação e de Informação para o Comércio Internacional (ACICI) torna-se organização intergovernamental suíça.
Principal objetivo da ACICI é ajudar os países mais pobres do mundo a participarem do comércio mundial.
Países pobres do mundo não participam do comércio mundial. Segundo o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), nos últimos vinte anos sua parte na troca de mercadorias reduziu-se de 0,7% para 0,3%. A principal razão para essa diminuição é a queda vertiginosa dos preços das matérias primas mundialmente.
Além desse fator, existe um outro que contribui para a ausência dos países em desenvolvimento no mercado internacional: em muitos casos, esses países são tão pobres que não têm nem os recursos para trabalhar uma política comercial externa.
Sem dinheiro para representação
Guiné-Bissau, São Tome e Príncipe, Suriname, Gâmbia, Namíbia e Niger, todos membros oficiais da OMC, são exemplos de países que não têm dinheiro estar presente em Genebra, cidade onde está sediado o órgão. Dos 144 membros e 32 observadores da OMC, 35 não dispõe dos recursos necessários para manter uma equipe na Suíça.
Para ajudar a resolver esse problema, a Secretaria Federal de Economia (seco) criou em fevereiro de 1998 a Agência de Cooperação e de Informação para o Comércio Internacional (ACICI). Numa cerimônia que ocorreu no início da semana (09.12), a ACICI mudou seu status, tornando-se uma organização intergovernamental, com um orçamento de 18 milhões de francos e financiado pela Suíça, assim como por governos de outros seis países europeus.
Apoio dentro da OMC
O principal objetivo da ACICI e dos seus quinze funcionários é ajudar países pobres a terem uma melhor diplomacia comercial, apoiando seu trabalho na Organização Mundial do Comércio. Dentre outras, a agência contribui com 200 mil francos suíços (137 mil dólares) para o centro de aconselhamento para direito comercial internacional.
ACICI criou também em outubro de 2000 uma unidade especial, cuja principal função é atender representantes desses países mais pobres do mundo que até hoje só têm acesso limitado às informações do sistema de comercio multilateral.
Dentre os serviços oferecidos, está o “sistema de alarme avançado”, para informar esses países com antecedência de qualquer questão relevante dentro da OMC.
swissinfo com agências
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