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Suíça decreta sanções contra a Coréia do Norte

A ONU proibiu a importação e exportação de armamentos e de et de tecnologias que poderia ser utilizadas no programa nuclear norte-coreano. Keystone

A Suíça aplicará as sanções decididas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coréia do Norte, depois do teste nuclear de meados de outubro.

A decisão tomada pelo governo suíço entre em vigor quinta-feira (26/10). Ela proibe a importação e exportação de armas e de outros bens.

O governo suíço adotou quarta-feira um decreto com as medidas contra a República Popular Democrática da Coréia. O texto prevê sobretudo a interdição de exportar e importar material de guerra pesado e é essencialmente simbólico.

De fato, conforme a lei suíça sobre material de guerra e a lei sobre o controle de bens, a Suíça já proibia as exportações de material de guerra para a Coréia do Norte.

O decreto define também a interdição de exportar e importar bens e tecnologias suscetíveis de contribuir para os programas de armas de destruição maciça ou de mísseis.

Até agora, a Suíça autorizava um volume muito limitado de exportação de bens a duplo uso para a Coréia do Norte. Essas exportação não ultrapassaram meio milhão de francos desde 1998, essencialmente em máquinas e ferramentas.

Chega de caviar

O Conselho de Segurança da ONU também proibiu a venda de produtos de luxo, embora não tenha precisado os produtos que estariam sob embargo.

Enquanto isso, o Ministério suíço da Economia (DFE) previu uma lista provisória incluindo caviar, vinhos, jóias, relógios de alto valor e objetos de arte.

Os haveres e recursos econômicos pertencentes às pessoas, empresas e organizações que contribuem ao desenvolvimento e à construção de armas de destruição em massa e de mísseis norte-coreanos serão bloqueados. A entrada e o trânsito pela Suíça de certas pessoas serão proibidos.

Falta a lista

Só que, por enquanto, ainda não foi publicada a lista dessas pessoas. Quando for o caso, o DFE anexará a lista ao decreto formulado hoje.

A resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU foi adotada por unanimidade dia 14 de outubro, em reação ao teste nuclear norte-coreano. As sanções são destinadas a incitar a Coréia do Norte a cessar toda atividade ligada aos programas nuclear e de construção de mísseis.

swissinfo com agências

Soldados suíços estão estacionados desde 1953 na fronteira entre a Coréia do Norte e a Coréia do sul. Eles participam da Neutral Supervisory Commission in Korea (NNSC).

A Suíça não tem representação diplomática na Coréia do Norte.

A Direção de Desenvolvimento e Cooperação (DDC) tem um escritório na capital norte-coreana Pyongyang, com orçamento de 5,3 milhões de francos para 2006, em projetos de ajuda é Coréia do Norte.

Em maio de 2003, a ministra suíça das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, foi o primeiro membro do governo suíça a passar a linha de demarcação entre as duas Coréias.

Em 2005, a Suíça exportou bens por 4,5 milhões de francos suíços para a Coréia do Norte.
No mesmo período, importou 1,7 milhões de francos em produtos norte-coreanos.

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