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Suíça prolonga fechamento do espaço aéreo

O aeroporto de Zurique-Kloten continua deserto Reuters

A Secretaria Federal de Aviação Civil (OFAC) decidiu prolongar a interdição do espaço aéreo suíço até terça-feira (20/4) às 8h, porque uma nova nuvem de cinzas do vulcão islandês se dirige para a Suíça.

Enquanto isso, as reclamações das companhias aéreas aumentam no quarto dia de caos nos aeroportos europeus.

“Segundo as previsões meteorológicas, a nuvem de cinzas proveniente da Islândia continua sobre a Suíça. As mesmas previsões constatam o avanço de uma nova nuvem de cinza que deverá chegar nas próximas horas ao nosso país”, informa um comunicado da OFAC divulgado nesta segunda-feira (19/4), para explicar a decisão de prolongar a interdição do espaço aéreo suíço até amanhã às 8h.

A interdição é para as aeronaves que voam com instrumentos, ou seja, principalmente a aviação comercial. O espaço aéreo continua aberto acima de 6.400 metros de altitude e durante o dia para os aviões que voam sem radar. A OFAC precisa que reavalia constantemente a situação.

Por outro lado, os meteorologistas islandeses anunciam que uma nova nuvem de cinzas do vulcão, mais baixa, trará menos problemas para o tráfego aéreo.

Situação complicada

A agência europeia Eurocontrol anunciou que somente 5 mil dos 24 mil voos previstos para o domingo ocorreram realmente. Mais de 63 mil voos haviam sido cancelado na Europa desde sexta-feira até domingo à noite.

A agência informou que na manhã desta segunda-feira (19/4), a maior parte do espaço aéreo europeu continuava fechada, especialmente em grande parte da Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Estônia, parte da França, Grã-Bretanha, Hungria, Polônia, República Tcheca, Romênia, Sérvia, Eslovênia, Eslováquia, Suécia, Suíça e Ucrânia.

A situação continua complicada na Europa. Depois de ter reaberto seu espaço aéreo no norte do país às 7h da manhã, a Itália fechou-o novamente duas horas depois e até terça-feira de manhã.

Por sua vez, a Espanha propôs nesta segunda-feira permitir que outros países europeus utilizem seus aeroportos para escalas, a fim de permitir aos passageiros bloqueados por causa da nuvem de cinzas vulcânicas possam seguir viagem.

Críticas da IATA

O impacto econômico no setor aéreo europeu é mais grave do que quando ocorreram os atentados de 11 de setembro de 2001, conforme a União Europeia (UE).

A pressão das companhias aéreas sobre as autoridades aumenta para que se encontre uma solução para a crise que bloqueia milhões de passageiros nos aeroportos. Isso está custando milhões de dólares às companhias aéreas e afeta também o transporte internacional de mercadorias.

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), sediada em Genebra, exortou nesta segunda-feira os governos a reverem sua decisão de fechar quase a totalidade do espaço aéreo europeu. Ela pede abertura de “pelos menos alguns corredores”, para compensar o fechamento de numerosos aeroportos.

swissinfo com agências

As cinzas vulcânicas podem causar danos nos motores e na fuselagem dos aviões.
Os reatores podem ser bloqueados
por depósitos sólidos que formam e se fundem com o calor intenso.

Elas têm um efeito abrasivo sobre os metais .

As altas temperaturas fazem derreter as partículas, que depois se solidificam em cristais, que podem entupir a saída de ar, paralisando os motores.

Vários aviões de caça F-16 da Otan teriam sofrido avarias ao voarem nessa nuvem, informaram fontes diplomáticas ocidentais.

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