Suíça saúda retomada do processo de paz
De passagem pelo Cairo, capital do Egito, a chefe da diplomacia suíça saudou o cessar-fogo entre israelenses e palestinos, anunciado em Charm el-Cheikh.
Micheline Calmy-Rey foi recebida pelo chanceler egípcio, depois de uma viagem de seis dias em Israel e nos territórios palestinos ocupados.
Depois de ter passado seis dias em Israel e nos territórios palestinos ocupados, a ministra das Relações Exteriores Micheline Calmy-Rey foi recebedida no Cairo por seu homólogo egípcio, Ahmed Aboul Gheit.
Gheit informou à chanceler suíça sobre as decisões adotadas na terça-feira, durante o encontro israelo-palestino ocorrido em Charm el-Cheikh, também no Egito.
Micheline Calmy-Rey saudou o cessar-fogo depois de anos de violência, que atingiu sobretudo a população civil, ressaltou a ministra.
Das palavras aos atos
Diante da imprensa, Calmy-Rey incitou à aplicação integral da primeira fase do plano de paz internacional promovido pelos Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU.
Com ambas as partes renunciando à violência, a primeira das três etapas do plano requer que os palestinos reorganizem seus serviços de segurança. Eles também são são solicitados a deter os ativistas que propagam a violência e a destruir as infraestruturas dos terroristas e confiscar suas armas.
Segundo o texto, Israel deve se retirar das áreas ocupadas a partir de setembro de 2000 e cessar a implantação de colônias. Deve ainda restaurar a confiança renunciando principalmente às medidas punitivas como destruição de casas de palestinos, expulsões e confiscos de propriedades privadas.
Grupo de especialistas
A Suíça vai continuar a trabalhar por uma paz duradoura no Oriente Médio. No Cairo, a chanceler Calmy-Rey disse que o plano de retirada da Faixa de Gaza, prometido por Israel, é um teste importante.
Mas a retirada só será coroada de sucesso se as necessidades elementares da população forem garantidas. Nesse sentido, a ministra suíça sugeriu a criação de um grupo de trabalho para estabelecer regras de acesso às mercadorias em Gaza, evitando assim qualquer tentativa de bloqueio ou isolamento.
swissinfo com agências
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