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Suíça também infringe direitos humanos

As violações dos direitos humanos são generalizadas. Na foto: capa do Relatório 2000. Amnesty International

Novo relatório annual de Anistia Internacional aponta violações dos direitos humanos em 140 países, inclusive em países mais e menos industrialializados como EUA, Suíça e Brasil. E uma indiferença quase total em relação a dramas vividos pelas vítimas.

O Relatório 2000 de Anistia, organização humanitária sediada em Londres, válido para o ano de 1999, denuncia execuções extrajudiciárias em 31 países, prisioneiros políticos em 61, desaparecimentos em 37, além de torturas e maus tratos em 132 países.

Na América Latina, incluindo o Brasil, a impunidade é qualificada de “endémica”.
Observa no Brasil “brutalidade”, “uso desproporcional da força” provocando inclusive a morte.

As principais vítimas apontadas são indígenas, crianças de rua e trabalhadores migrantes. Muitas vítimas nem fazem queixas com medo de represálias. Aponta também no países condições de encarceramento catastróficas. Outras pessoas particularmente visadas, segundo Anistia, são defensores dos direitos humanos, da reforma agrária e jornalistas.

Quanto à Suíça, Anistia internacional critica métodos “cruéis e perigosos” utilizados para deportar pessoas a quem fora negado direito de viver no país. A algumas impuseram-se fita adesiva na boca, capacete especial cobrindo a cabeça, inclusive o rosto, algemas e amarra nos pés.

Em conseqüência dessas medidas, em março de 1999 o palestino Khlaed abu Zarifeh morreu asfixiado.

Atualmente autoridades cantonais (estaduais) garantem que foram banidos tais práticas e que capacete utilizado não esconde o rosto.

Os Estados Unidos executam réus mesmo sendo menores.

Na África, milhares de crianças são alistadas à força para a guerra, caso de Angola por exemplo.

Na China a repressão é a mais intensa em dez anos e as pessoas são presas arbitrariamente.

No Oriente Médio e Africa do Norte as violações dos direitos humanos são qualificadas de “maciças” com torturas sistemáticas e processos injustos. E aponta o caso da Arábia Saudita que escapa a toda condenação internacional.

Em Israel, a maioria dos membros das forças de segurança violam os direitos humanos e gozam de impunidade, realça Anistia.

Quanto à Suíça, ela denuncia em particular morte por asfixia. O incidente ocorreu em uma das operações de repatriação forçada de pessoa a quem foi negada o status de refugiado político.

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