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Suíça tem jogo crucial na Bulgária para o Euro 2012

Mario Gavranovic (ao centro) foi chamado pela primeira vez pelo técnico Ottmar Hitzfeld. Keystone

A seleção suíça de futebol disputa sábado em Sófia, na Bulgária, uma partida decisiva para a classificação para a o Euro 2012, a ser disputado na Polônia e na Ucrânia.

Em caso de nova derrota, o time do técnico alemão Ottmar Hitzfeld estará praticamente eliminado.

Jogo decisivo, última chance, a hora da salvação. Esses e outros qualificativos estavam nas páginas esportivas dos jornais suíços durante toda a semana.  Sábado à tarde, em Sófia, capital da Bulgária, a seleção suíça disputará de fato sua sobrevivência no Grupo G das eliminatórias para a Europa 2012.

Em terceiro lugar do Grupo com três jogos e três empates, a sete pontos do Montenegro e a quatro da Inglaterra, a Suíça de Ottmar Hitzfeld tem de ganhar o jogo para manter uma chance de terminar em segundo lugar do grupo e se classificar sem ter de disputar a repescagem.  

 Na Suíça guarda-se um boa lembrança do último jogo em Sófia. Dia 1° de maio de 1991, a equipe então dirigida por Ueli Stielike também estava em posição delicada e perdia por 2 a 0, mas acabou virando o jogo e vencendo por 3 a 2. Esse resultado levantou o moral do grupo que não se classificou para o Euro de 1992 na Suécia porque perdeu o jogo de repescagem para a Romênia.

Ottmar Hitzfeld criticado

Como naquela época, o jogo de sábado será mais de raça do que tática.  “É um jogo emocional que pode revelar o valor da equipe”, declarou o técnico auxiliar da seleção, Michel Pont à Rádio RSR. “A Suíça já viveu momentos difíceis nas precedentes fases de classificação. Ela sempre soube se ultrapassar nas -partidas decisivas”, afirma Pierre-André Schürmann, ex-treinador do Neuchâtel Xamas e das seleções de juvenis.

Apesar de um início de fracassos, o objetivo do técnico Ottmar Hitzfeld é a classificação para o Euro 2012.  Embora criticado pelos últimos resultados da seleção, o alemão já teve seu contrato recentemente renovado pela Federação até 2014.

O técnico experiente se mostra filósofo: “Os jornalistas às vezes constroem monumentos  para em seguida destruí-los. Infelizmente estou acostumado”, declarou à agência  Sportinformation. Para Pierre-André Schürmann, a decisão é boa. “Não são apenas os próximos dois jogos que são importantes. A Federação trabalha a longo prazo e isso já deu bons resultados anteriormente.”

“Equipe tem valor”

Pierre-André Schürmann  lembra que a Suíça participou das quatro últimas  grandes competições, o que poucos países podem se vangloriar. Por isso existem expectativas às vezes desproporcionais. “Quando perdemos, somos comparados à França, à Espanha e à Itália, mas somos um pequeno país no mapa do futebol mundial.”

Ottmar Hitzfeld também coloca os pontos nos is. “Se classificar para um Euro ou para uma Copa do Mundo é um grande feito. Eu sou muito ambiciosos e quero obter os melhores resultados. Mas também sou capaz de medir o potencial de nossa equipe. Não pertencemos às grandes nações. Estar colocado entre os 20 primeiros do mundo já é fabuloso.”

 As inquietudes devido os últimos resultados da seleção são, no entanto, legítimas. Depois das derrotas contra a Inglaterra e o Montenegro, a equipe se recuperou frente ao País de Gales (4 a 1). Mas o empate em fevereiro contra Malta (0 a 0) as dúvidas ressurgiram. “Foi um jogo amistoso e a Suíça nunca brilhos em amistosos”, defende-se Ottmar Htzfeld. Pierre-André Schurmann vai na mesma direção. “Era um amistoso a Suíça sempre teve dificuldades nessas partidas, contra equipes consideradas fracas. Além disso, ela não tem a densidade necessária para compensar a ausência dos jogadores mais importantes.”

Estreia de Gavranovic

Frente à Bulgária, Ottmar Hitzfeld não contará com quatro titulares machucados : o goleiro Diego Benaglio, os meias Tranquillo Barnetta e Xherdan Shaqiri e o zagueiro central Johan Djourou. Para substituí-los, Mario Gavranovic, que estreia na seleção.

Para Pierre-André Schürmann, o principal problema continua a ser o meio-campo. Precisamos de um líder. Jogadores como Gökhan Inler e Hakan Yakin devem ter uma influência maior no jogo.”

Schürmann recusa-se a ver o futuro com maus olhos. “A equipe nacional ainda precisa contar com os veteranos. Os jovens talentos como Shaqiri, Stocker, Schwegler, Ziegler, Fernandes, Derdiyok ou Affolter verão brevemente a chegada da geração 2009,  campeã do mundo Sub 17. Tenho certeza que essa equipe ainda vai nos dar muita satisfação.”

Quanto a Ottmar Hitzfeld,  fixado no jogo na Bulgária, também se mostra confiante. “Mentalmente, estamos bem. Temos jogadores que jogam no estrangeiro e sabem resistir à pressão de um novo jogador que, no FC Basileia, disputa cada jogo na condição de favorito”. Será que isso será suficiente para vencer a seleção búlgara, cujo treinador é Lothar Matthaüs, pilar do Bayern de Munique da época de Hitzfeld? Resposta sábado em Sófia.

Sábado 26 de março:

 País de Gales – Ingleterra (16h)

Bulgária – Suíça (17h45, hora suíça) 

 

Classificação:

1. Montenegro 4/10.

2. Ingleterra 3/7.

3. Suíça 3/3 (5-5).

4. Bulgária 3/3 (1-5).

5. País de Gales 3/0.

Próximos jogos:

4 de junho

Ingleterra – Suíça

6 de setembro

Suíça – Bulgária

7 de outubro

País de Gales – Suíça

11 de outubro

Suíça – Montenegro

Goleiros (3): Johnny Leoni (né

en 1984/Zurich/0 sélection/0 but), Germano Vailati

(1980/St-Gall/0/0), Marco Wölfli (1982/Young Boys/9/0).

Defesas:  (5): François Affolter (1991/Young Boys/4/0), Stéphane Grichting(1979/Auxerre/44/1), Stephan Lichtsteiner (1984/Lazio/37/0), Steve Von Bergen (1983/Cesena/20/0), Reto Ziegler(1986/Sampdoria/22/1).

Médios e atacantes (13): Valon Behrami(1985/Fiorentina/28/2), Eren Derdiyok (1988/Bayer Leverkusen/30/2), Blerim Dzemaili (1986/Parme/11/0), Gelson Fernandes (1986/Chievo Vérone/32/2), Alexander Frei (1979/Bâle/83/42), Mario Gavranovic (1989/Schalke 04/0/0), Gökhan Inler(1984/Udinese/46/4), Xavier Margairaz (1984/Zurich/18/1), Pirmin Schwegler (1987/Eintracht Francfort/11/0), Xherdan Shaqiri (1991/Bâle/10/1), Valentin Stocker (1989/Bâle/8/3), Marco Streller (1981/Bâle/36/12), Hakan Yakin (1977/Lucerne/87/20).

Adaptação: Claudinê Gonçalves

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