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Suíços colocam troféu em jogo em Valência

Detalhe do veleiro suíço, antes da batalha de Valência... imagepoint

A partir deste sábado, os suíços da Alinghi enfrentam os neozelandeses do Emirates Team New Zealand em Valência, na 32a 'America's Cup', a mais prestigiosa das regatas em todo o mundo.

A primeira equipe que acumulará cinco vitórias leva o troféu de prata, atualmente detido pelos suíços. Resta saber quem tem o barco mais rápido.

A tradicional Copa da América foi trazida para a Europa pela primeira vez, em 2003, e pelos suíços que sempre aprendem a navegar nos lagos. Passaram então a ser considerados redutáveis competidores. Agora, chegou o momento de colocar o troféu em jogo.

Alinghi anunciou na última hora que o barco da equipe suíça será o misterioso SUI 100 para enfrentar o Emirates Team New Zeland (ETNZ), o adversário neozelandês.

Quinta-feira, com a divulgação das tripulações dos dois veleiros e a publicação do Aviso de prova (ver box), que fixa certas regras da competição, coompletou-se o quebra-cabeças da 32a edição da ‘America’s Cup’.

Terminaram aí as especulações. Haverá uma regata por dia um dia de folga a cada três dias. O primeiro que vencer cinco regatas leva o troféu de prata.

Jeudi, avec l’annonce publique des listes d’équipage des deux bateaux et la publication de l’Avis de course (voir encadré), qui précise certaines règles des joutes, les cases manquantes de la 32e America’s Cup ont été complétées.

Em caso de cinco a zero, o final da competição será encerrada em 29 de julho. O mais tardar, as regatas serão adiadas para 4 de julho e estão previstos três dias de margem, para os da meteorologia.

Uma corrida de arquitetos

Segundo o ‘skipper’ da Alinghi, o neozelandês Brad Butterworth, a
l’America’s Cup é sobretudo uma corrida de arquitetos: “sempre o barco mais rápido ganha a prova e não vejo porquê seria diferente este ano”.

A baía de Valência tem condições relativamente estáveis deixando pouca margem de surpresa à estratégia. O barco mais rápido, se souber controlar o adversário, tem grandes chances de passar primeiro a linha de chegada.

Mas quem tem o veleiro mais rápido? Por enquanto é difícil saber. O último duelo entre as duas equipes data do final de junho de 2006. Alinghi usou seu “velho” SUI 75 e a ETNZ ganhou a final da Valência Louis Vuiton Ato 12.

Se a tripulação do Alinghi parece confiante em sua superioridade tecnológica, é verdade que nos dez últimos confrontos contra a equipe neozelandesa, a equipe suíça perdeu seis.

Vencedor das temporadas 2004 e 2006, o barco preto concedeu apenas a temporada 2005 a seu adversário suíço. Os neozelandeses têm portanto uma pequena vantagem psicológica em Valência. Em contrapartida, segundo certos rumores, Alinghi tem uma barco mais rápido.

Sábado, quando as duas equipes entrarem na arena aquática, rapidamente haverá uma resposta a essa questão. Alguns minutos depois da largada, no primeiro cruzamento, o mundo da vela saberá qual dos dois barcos é mais rápido.

Juventude contra experiência

Quanto às tripulações, lembremos a diversidade de nacionalide dos marinheiros de Alinghi. No ETNZ, ao contrário, há quinze neozelandeses entre os 17 embarcados. Eles têm média de 40 anos enquanto a média da tripulação do veleiro suíço é de 42 anos.

Mas na Copa da América, a experiência de um velho marinheiro às vezes vale mais do que o ímpeto da juventude. Pode então ser uma vantagem para Alinghi.

De qualquer maneira, os marinheiros, observadores, fãs e o público aguardam apenas a largada de sábado às 15 horas (20 hs de Brasília) para que Alinghi e ETNZ entrem mais uma vez para a história.

Os suíços venceram brilhantemente dia 3 de março de 2003, na baía de Auckland, justamente na Nova Zelândia. Estes querem a revanche por terem perdido de 5 a 0 em casa.

Em Valência, corre o rumor de que, se eles ganharem, haverá uma semana de festa na Nova Zelândia.

swissinfo, Pierre-Antoine Preti/Skippers magazine, Valência

Ed Baird ficará no leme na primeira regata. Brad Butterworth será o tático da proa,acompanhado do único suíço da tripulação, Ernesto Bertarelli.
O neozelandês Murray Jones será o estrategista enquanto Juan Vila será navegador.

Os outros membros da tripulação são o holandês Pieter van Nieuwenhuyzen, o canadense Curtis Blewett; os italianos Francesco Rapetti e Lorenzo Mazza; os americains Josh Belsky e Matt Welling, les australianos Will McCarty e Mark McTeigue; o neozelandês Simon Daubney, Warwick Fleury, Dean Phipps e Rodney Ardern.

E o mais antigo troféu esportivo do mundo. Por isso atrai os melhores marinheiros e as maiores fortunas do mundo desde 1851.

Em 2003, Alinghi conseguiu não apenas ganhar a Copa em sua primeira participação mas também trazer o troféu de prata peloa vez à Europa em mais de 150 anos.

Para esta Copa da América 2007, o orçamento de Alinghi é estimado em 160 milhões de francos suíços.

Se o tempo permitir, as regatas começarão às 15 hs. As pré-partidas e os preparativos para a largada começarao às 14hs50.

O comitê da prova vai lançar as regatas quando houver vento entre 7 e 23 nós.

As equipes são autorizadas a fazer apenas uma modificação conseqüente no veleiro.

Cada equipe pode mudar de barco se houve avarias importantes. Isso é válido somente se o barco inicial não tiver mais condições de participar das regatas seguintes.

O percurso é de 12,6 milhas náuticas. O tempo limite para passar de uma bóia a outra é de 40 minutos.

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