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Suíços são afetados pela corrupção

A ONG publica pesquisa internacional sobre a corrupção. swissinfo.ch

Segundo uma pesquisa da Transparência Internacional, os suíços consideram que a corrupção tem importantes repercussões em suas vidas.

No entanto, a secão suíça dessa ONG especialista na luta contra a corrupção, afirma que esses rusultados precisam ser aprofundados.

Organização especializada na luta contra a corrupção, a Transparência Internacional (TI) publica pela primeira vez um barômetro mundial. A sondagem foi feita com 40 mil pessoas em 47 países pela instituto Gallup Intercional, no ano passado.

Na Suíça, os resultados podem surpreender. Um quarto das 500 pessoas entrevistadas acham que a corrupção repercute na vida familiar e profissional.

Mais grave: 86% consideram que a corrupção tem uma influência importante no meio profissional, na Suíça.

Somente 14% das pessoas entrevistadas não acreditam no impacto da corrupção no mundo dos negócios.

A política também é afetada

80% das pessoas questionadas pensam que práticas duvidosas exercem um papel importante entre os políticos. E é nesse setor que os suíços agiriam de maneira mais enérgica para combater a corrupção, se tivessem uma varinha mágica.

Os suíços acham que o setores de arrecadação de impostos, imigração, passaportes e serviços médicos são particularmentes expostos à coruupção.

Quatro em cada cinco pessoas questionadas consideram que o fenômeno da corrupção afetarão da mesma maneira ou ainda mais a Suíça nos três próximos anos.

Lembramos que la lista de países menos corrompidos na primeira classificação mundial publicada pela TI em agosto de 2002, a Suíça estava em 12° lugar.

Não se trata de colocar em dúvida a seriedade da sondagem, afirma o presidente da seção suíça da TI, Phillipe Levy, mas ele quer analisar melhor os resultados, principalmente quanto aos partidos políticos.

«Não creio que vida política tenha mudado nos últimos dez anos, afirmou a swissinfo. Mas a consciência que a corrupção existe é bem real. Isso também é devido à imprensa que chama a atenção da população para esse fenômeno”.

Uma comparação arriscada

Levy também acha delicada a comparação intercional dos resultados da sondagem. Por exemplo, a realidade da corrupção impressiona menos os italianos do que os suíços.

Em escala internacional, 33 países citam que a corrupção deveria desaparecer, em primeiro lugar, dos partidos políticos. Os resultados mais claros, nesse ítem, ocorreram no Japão e na Argentina.

Os tribunais e a polícia também foram muito citados como focos de corrupção, em escala internacional.

Para o presidente da Transparência Internacional, Peter Eigen, “os cidadãos do mundo emitiram uma mensagem muito clara que os dirigentes políticos devem ganhar novamente sua confiança.”

Ele também acha que os resultados da sondagem são um apelo aos governos para que levem em consideração a opinião dos cidadãos.

Segundo ele, o melhor que os governos poderão fazer será assinar a convenção da ONU contra a corrupção que começará a ser redigida, este mês, em Viena.

swissinfo com agências

– As pessoas questionadas em países como Bósnia-Herzegovina, Bulgária e Turquia acham que a corrupção influência significativamente a vida cotidiana. Ocorre o contrário na Dinamarca, Luxemburgo e Alemanha.

– As pessoas estão otimistas quanto à evolução da corrupção na Colômbia, Croácia e Irlanda. Na África do Sul, Israel, Noroega e Holanda as pessoas estão pessimistas.

– Na política, a corrupção é vista como de grande impacto na Argentina, Macedônia, Hong-Kong e Japão. O contrário ocorre nos Estados Unidos, Portugal e Paquistão.

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