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Suíços se aproximam da Europa e aprovam união homossexual

Suíça-França perto de Bsiléia: uma fronteira que deixará de existir. Keystone

Os suíços aprovaram por 54,6% a adesão aos acordos de Schengen/Dublin, margem maior do que previsto.

A parceria registrada para os casais homossexuais foi aprovada por 58% dos votos. Assim, a Suíça é o primeiro país do mundo a aprovar a união entre homossexuais em plebiscito.

Apesar de estimativas de um resultado mais apertado nas projções, os suíços aprovaram por 54,6% a adesão do país aos acordos de Schengen/Dublin com a União Européia. Esses acordos, negociados pelo governo, já haviam sido aprovados pelo Parlamento mas tiveram de ser submetidos ao voto popular.

Mesmo assim, toda a Suíça central e oriental (menos Zurique e Zoug), o Ticino (sul) e os Grisões (leste) votaram contra. Os maiores opositores foram os cantões de Glaris, Uri, Schwytz, Appenzel e Ticino, com rejeição superior a 60%.

Por outro lado, Neuchâtel votou a favor por 71%, Vaud (68%) Basiléia (65%) e Genebr (63). Foram os campeões dos acordos de parceria com a União Européia.

Segurança e asilo

Com a aprovação de Schengen, o controle sistemático das pessoas nas fronteiras será abolido. No entanto, a segurança deverá melhorar graças à colaboração muito mais estreita entre os serviços de justiça e polícia da Suíça com os outros países que já membros do chamado espaço Schengen.

A Suíça passará a ter acesso a dois grandes bancos de dados informatizados: o sistema de informações Schengen (SIS) e o banco de dados sobre os vistos (VIS).

O acordo de Dublin evitará que os requerentes de asilo recusados em um dos dos países do espaço Dublin venham fazer outro pedido na Suíça. No espaço Dublin, só é possivel o pedido de asilo em um único país. Para isso existe um fichário centralizado chamado EURODAC, com o repertório de todos os requerentes de asilo na Europa.

Primeira união homossexual aprovada em plebiscito

Domingo, a Suíça tornou-se o primeiro país do mundo a aceitar em votação popular um reconhecimento jurídico dos casais homossexuais. A chamada parceria registrada foi aprovada por 58% dos eleitores e recebeu assim uma legitimidade democrática.

A taxa de aceitação foi mais alta nos cantões da Suíça alemã. Basiléia votou a 69% a favor, Zurique a 64%. Vários cantões já tinham legislado nessa matéria.

Os dois cantões da Suíça francesa que tinham legislação estadual tiveram resultados superiores ou iguais à média nacional. Genebra aprovou a lei federal por 62% e Neuchâtel aprovou por 58%.

A oposição maior veio dos cantões católicos. Appenzel votou contra a 58%, o Valais rejeitou por 55% e o Ticino, na Suíça italiana, votou contra por 53%.

Boa participaçao

Note-se ainda que os dois plebiscitos mobilizaram os eleitores. A participação de 55,9% foi superior à média. Melhor do que esta votação foi apenas a de 3 de março de 2002 – sobre a adesão à ONU – quando a participação foi de 58%.

No sistema de democracia direta, os suíços votam várias vezes por ano e não somente nas eleições legislativas.

Nas três últimas votações federais, a participação foi 36%, 45% e 53,8%.

Swissinfo com agências

O eleitorado suíço aceitou as duas propostas em plebiscito popular no final de semana:
54,6% dos eleitores aprovaram a participação do país nos acordos de Schengen/Dublin com a União Européia.
A nova lei federal sobre a parceria entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada por 58,03% dos eleitores que votaram.
A participação foi de 55,9%

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