Twitter vê salto na base de usuários em meio à turbulência eleitoral nos EUA
O Twitter anunciou nesta terça-feira (9) que sua base de usuários saltou para 192 milhões no último trimestre, marcado pela turbulência nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e uma batalha contra a desinformação.
O número de usuários ativos diários do Twitter “monetizáveis” aumentou 27% em relação ao ano anterior durante o quarto trimestre, que terminou poucos dias antes de o ex-presidente Donald Trump ser suspenso da plataforma.
O presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, disse que a empresa de San Francisco continua focada em “promover conversas mais saudáveis para aqueles que usam nosso serviço”.
Twitter e Facebook suspenderam Trump no início de janeiro por causa de postagens do republicano acusadas de inflamar a violência no Capitólio dos Estados Unidos, enquanto a mídia social lutava para lidar com o caos protagonizado por apoiadores do então presidente que concordavam com seus ataques infundados à integridade da eleição.
As sanções sem precedentes vieram depois que Trump recorreu às redes sociais para repetir suas inúmeras afirmações falsas sobre fraude e outras impropriedades na eleição que perdeu para Joe Biden.
O Twitter suspendeu Trump durante uma repressão na mídia social que aconteceu depois que os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio americano e interromperam a certificação no Congresso da vitória eleitoral de Biden.
O Twitter informou que o lucro quase dobrou em relação ao ano anterior, para 222 milhões de dólares, com uma receita que disparou 28%, para um recorde de 1,29 bilhão de dólares.
“2020 foi um ano extraordinário para o Twitter”, disse Dorsey. “Estamos mais orgulhosos do que nunca em servir ao debate público, especialmente nestes tempos sem precedentes.”
Os resultados geraram um aumento modesto no valor das ações do Twitter, que tem trabalhado para impulsionar a publicidade à medida que busca ampliar sua base para além de seu público-alvo de celebridades, jornalistas e políticos.