Ue acha a Suíça cúmplice de fraudes aduaneiras
A União Européia (UE) critica o que considera relaxo das alfândegas suíças quanto ao contrabando, principalmente de cigarros e outras "atividades ilegais" que representam prejuízos de bilhões de dólares
Para a UE essas irregularidades são um "crime financeiro" e não simples fraudes. A denúncia foi feita na sexta-feira, 14 de julho, em comunicado da UE que adotou mandado de negociações com a Suíça sobre questões de "fraudes aduaneiras" (fórmula preferida pelas autoridades de Berna).
A diferença de terminologia vem do fato de a UE considerar essas fraudes um verdadeiro delito num país que ela estima ser uma "base do crime financeiro". Mas na Suíça a evasão fiscal não é reprimida por lei, escapando então à ajuda judiciária.
A esse respeito a Suíça não ratificou um protocolo adotado pelo Conselho da europa em 1978 que obriga os países signatários a concederem essa ajuda em caso de delitos de caráter fiscal. É certo porém que a UE não vai se contentar com o tratado de ajuda administrativa em questões aduaneiras assinado pela Suíça em 1997.
O mandado de negociação adotado na sexta-feira deve ainda ser aprovado pela Conselho da Européia, o que não deve passar de simples formalidade.
Quanto à Suíça ela se dispõe a negociar, mas exige compensações, em particular no que diz respeito a acesso à política européia no setor da imigração e do asilo.
Thierry Zweifel, Bruxelas / adapt. J.Gabriel Barbosa.

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