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Universidade de St. Gallen abre representação no Brasil

A Universidade de St.Gallen é conhecida por acolher estudantes do mundo inteiro. Universität St. Gallen

A Universidade de St. Gallen (HSG) inaugurou quarta-feira (23/6)) o primeiro escritório de representação na América latina, em São Paulo.

Para Angélica Rotondaro, representante da HSG, em São Paulo, o escritório visa tornar a universidade mais conhecida no continente, intensificando o relacionamento com as 17 universidades parceiras na América Latina.

Uma das prioridades da representação em São Paulo é contribuir para o processo de internacionalização da universidade, conforme explicou o diretor de relações internacionais da HSG, Jürgen Brücker, no evento de inauguração. “A Universidade de St. Gallen já não é uma instituição onde se fala apenas o alemão. Muitos dos cursos são oferecidos em inglês”, afirma. Segundo Angélica Rotondaro, Dentro de sua estratégia de internacionalização, a Universidade de St. Gallen elegeu a América Latina como foco prioritário por causa da crescente importância econômica da região, já que o Brasil, o México e a Argentina pertencem ao grupo das 20 principais economias mundiais.

A instalações do escritório de representação em São Paulo se deu graças às possibilidades para o desenvolvimento de uma sólida rede de contatos com as empresas tantos as locais quanto as suíças instaladas aqui. “Queremos reforçar as parcerias e contribuir para aumentar a visibilidade da Universidade de St. Gallen”, completou Thomas Bieger, vice-reitor da HSG. Além disso, São Paulo conta com infraestrutura de transporte, comunicações, além da relevância econômica para a região. Este é o segundo escritório internacional de representação da HSG: o outro foi inaugurado em 2006 em Cingapura, na Ásia.

Intercâmbio

Entre as atividades do novo escritório está ainda o intercâmbio de alunos, pesquisadores e professores tanto da Suíça para a América Latina, quanto vice-versa. Neste momento há 14 alunos da América Latina na Suíça e sete de St. Gallen na América Latina. Ivette Sánchez, diretora do Centro Latino-americano suíço da HSG disse querer intensificar o intercâmbio na área de ciências sociais e a pesquisa sobre temas latino-americanos. “Muitos dos nossos alunos querem estudar e trabalhar aqui.”

Empreendimento

Entre as atividades do “Hub” de São Paulo, já está em fase de implantação o programa do Laboratório Cooperativo que consistem em alocar alunos da instituição em imersões nas pequenas e médias empresas no Brasil e demais países da região de maneira a contribuir com o plano de negócio e a gestão do empreendimento. “Estamos formando o Laboratório Cooperativo para promover a aprendizagem do comportamento empreendedor no contexto da América Latina”, explicou Angélica Rotondaro, doutoranda pela HSG e representante do escritório em São Paulo.

O Laboratório Cooperativo operará também no desenvolvimento de novos projetos e intercâmbio de conhecimento – o que inclui uma parceria nas áreas de gestão de saúde da HSG e da Fundação Getúlio Vargas para a realização de um estudo comparativo entre os sistemas de saúde nas cidades de Cotia, estado de São Paulo e St. Gallen, na Suíça.

A área de educação também está entre os novos projetos. Thorsten Busch, doutorando do Instituto de Ética nos Negócios da HSG, e de Gilson Schwartz, da Universidade de São Paulo, estão trabalhando juntos em uma parceria com a Cidade do Conhecimento (USP,) por meio da qual serão feitas pesquisas sobre jogos com finalidade educacional.

Ex-alunos

O escritório de representação em São Paulo pretende ainda contribuir com a fortalecimento das pequenas e médias empresas latino-americanas envolvendo a comunidade de ex-alunos da Universidade de St. Gallen, que costuma ser receptiva à esse tipo de projetos ”Temos ex-alunos atuando com tutores dos atuais estudantes em projetos de estágio internacional, além de projetos em curso que chegaram à HSG pelas mãos de ex-alunos”, explica Jürgen Brücker.

O evento de inauguração do Hub reuniu ainda ex-alunos atuantes como o diretor da Escola Suíço-Brasileira de São Paulo e Curitiba, Bernhard Beutler. Com um diploma do Instituto de Pedagogia Econômica da Universidade de St. Gallen ele avalia a vinda da HSG para São Paulo .“ Foi ótimo virem para cá. Este é um mercado grande para a Suíça”, diz. Ele relembrou os tempos de universidade ressaltando que ali entendeu a essência da educação Suíça: disciplina respeito e responsabilidade. “Eu acredito no que aprendi . A organização, o respeito e o estabelecimento de objetivos”, completou.

Heloísa Broggiato, swissinfo.ch, São Paulo

A Universidade de St. Gallen é conhecida principalmente pelas áreas de economia e administração. Há três anos criou um departamento de estudos latino americanos.

Fundada em 1898, atualmente possui 6400 estudantes de 80 nações nos cursos de administração, economia, direito e ciências sociais. A universidade oferece formação nos níveis de bacharelado, mestrado e doutorado, além dos cursos de aperfeiçoamento.

A HSG é formada ainda por 40 institutos e centros de pesquisa.

A Universidade de St. Gallen tem como parceiras algumas das melhores instituições da América Latina. Veja quais são em cada país:

Brasil – Fundação Getúlio Vargas e Insper São Paulo (antigo IBMEC).
México – Instituto Autónomo de México e ITESM – Monterrey.
Argentina – Universidade San Andrés, UNSTA, Universidade del Norte, Santo Tomás de Aquino e Torcuato di Tella.
Chile – Pontifícia Universidad Católica de Chile e Universidade Adolfo Ibañez.
Colômbia– EAFIT University, Universidad de los Andes.
Peru – Universidad del Pacífico
Venezuela – Instituto de Estudios Superiores de Administración

Uma das diretrizes da política científica exterior da Suíça lista o Brasil com um dos oito países não europeus com os quais a Confederação pretende desenvolver e aprofundar as relações científicas bilaterais.

Um acordo de cooperação científica e tecnológica, que incluiu um plano de ação foi assinado em setembro de 2009 na Suíça, pelo ministro brasileiro de
Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende e o conselheiro federal suíço Pascal Couchepin. A cooperação entre os dois países é baseada no interesse mútuo, de excelência científica e reciprocidade. Até 2011 as áreas prioritárias de pesquisa são neurociências, saúde, energia e meio ambiente.H.B.

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