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Escritórios vazios na Suíça poderiam abrigar 43.000 pessoas

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Encontrar um apartamento é particularmente difícil em cidades como Zurique, Lausanne e Genebra. Ao mesmo tempo, muitos prédios comerciais nos arredores das cidades estão vazios. Keystone / Christian Beutler

Prédios comerciais vazios na Suíça poderiam, em teoria, acomodar 43.000 pessoas, de acordo com uma reportagem da televisão pública suíça, RTS. Em Lausanne e Genebra, por exemplo, os escritórios desocupados poderiam abrigar um total de 6.000 residentes.

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De acordo com a CBRE, uma agência imobiliária comercial em Zurique, há atualmente cerca de 2.000.000 m2 de espaço comercial vazio na Suíça.

Um residente suíço ocupa, em média, 46,5 m2 de espaço residencial. Portanto, a RTS estima que, se esses espaços vazios fossem convertidos em moradias, eles poderiam, em teoria, acomodar 43.000 pessoas, o equivalente a uma cidade do tamanho de Friburgo, na região de língua francesa da Suíça.

Encontrar um apartamento é particularmente difícil em cidades como Zurique, Lausanne e Genebra, onde as taxas de imóveis vagos estão abaixo de 1%. Ao mesmo tempo, há muitos prédios comerciais vazios nos arredores das cidades.

Os espaços vazios poderiam, em teoria, abrigar 6.000 pessoas em Zurique, 4.000 em Genebra e 2.000 em Lausanne, de acordo com a RTS.

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Cresce número de escritórios vazios na Suíça

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Entretanto, a conversão de escritórios em moradias continua sendo uma exceção. Essas transformações são complicadas na Suíça, principalmente do ponto de vista jurídico.

Simon Chessex, do escritório de arquitetura Lacroix Chessex, em Genebra, é especialista nesse tipo de operação. Ele não vê a situação mudando em um futuro imediato.

“A única esperança são as isenções. Mudar a lei levaria muito tempo. Por outro lado, poderíamos agir caso a caso”, disse à RTS.

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Para os proprietários de tais instalações, entretanto, geralmente há pouca motivação para converter um escritório em moradia particular.

Henrik Stump, um incorporador imobiliário em Zurique, mandou construir uma torre de 80 metros que foi concluída em 2024; ela continua meio vazia. Mas ele não tem intenção de convertê-la em uma acomodação residencial, pois “o rendimento de um prédio de escritórios é sempre um pouco maior do que o de apartamentos. Além disso, os custos de construção são um pouco menores”, diz ele.

Para fazer isso, Stump teria que investir em reformas que envolvem um retorno financeiro menor. Ele prefere esperar até que as empresas se interessem por suas instalações nas condições atuais.

Portanto, é improvável que muitos dos escritórios vazios existentes na Suíça sejam convertidos em moradias particulares. As empresas que pretendem se mudar também querem edifícios que atendam aos padrões atuais, especialmente em termos de eficiência energética.

Mas há potencial para conversões de escritórios antigos localizados longe dos centros das cidades que não interessam mais aos investidores.

A empresa Wincasa realizou recentemente uma conversão desse tipo em Zurique para criar cerca de 100 apartamentos loft.

Massimo Blangiardi, gerente da Wincasa, acredita firmemente que essas transformações poderiam ajudar a resolver a crise habitacional.

“Teríamos que ser capazes de realizar um grande número de projetos para aliviar o congestionamento do mercado”, disse ele à RTS.

(Adaptação: Fernando Hirschy)

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