Israel pede proteção para agente secreto
Israel tenta evitar que espião compareça perante a Justiça suíça. Alega perigo de vida para o agente israelense caso ele seja fotografado ou reconhecido na sala do tribunal. O réu é acusado de vários delitos na Suíça.
Novo capítulo no caso de espião israelense processado na Suíça. Israel procura evitar que ele seja julgado, alegando necessidade de proteger esse “agente Y”, envolvido em espionagem política em benefício de país estrangeiro, tentativa de instalar material de escuta e gravação, e uso de passaporte falso. Ele e 4 outros colegas (2 homens e 2 mulhares) foram detidos em fevereiro do ano passado. Os 4 colegas foram soltos imediatamente. Ele ficou preso algum tempo antes de ser libertado sob fiança de 2 milhões de dólares pagos por Israel.
Os 5 agentes foram pegos nos arredores de Berna (Köniz) quando instalavam aparelhagem destinada a controlar ligações telefônicas num prédio onde residia um libanês. O cidadão libanês era suspeito pelos serviços secretos israelenses de pertencer ao movimento islâmico extremista, Hezbollah, responsabilizado por vários atentados em Israel. Os crimes de que é acusado o “agente Y” podem dar 10 anos de prisão. Israel tenta anular o processo ou adiá-lo por tempo indeterminado. Caso não o consiga, afirma que o agente se apresentará diante do tribunal, mas insiste para que o processo seja realizado a portas fechadas e que a identidade do agente não seja revelada.
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