Prostituição serve de entrada para o crime organizado

A prostituição ilegal está aumentando na Suíça e é cada vez mais utilizada para organizações criminosas estrangeiras iniciarem suas atividades no país. A constatação é da polícia federal e seu balanço anual das atividades crimonosas na Suíça.
Organizações criminosas estrangeiras estão travando uma verdadeira “luta” pelo controle da prostituição na Suíça, segundo relatório anual divulgado quinta-feira pela Polícia Federal. Está diminuindo a prostituição legal e aumentando a prostituição ilegal, feita principalmente em cabarés.
O crime organizado está usando a prostituição para se implantar no país e desenvolver outras atividades como o tráfico de drogas e de armas, segundo a PF. Só nos estados de Zurique, Berna, Basiléia, Genebra, Lucerna e Ticino existem mais de 7 mil prostitutas, afirma o relatório. A prostituição autorizada e com controle sanitário não é ilegal na Suíça.
As principais prejudicadas atualmente, segundo a PF, são as prostitutas tóxico-dependentes, que não têm outra fonte de renda e exercem a profissão legalmente.
As máfias da prostituição são capazes de planejar grandes eventos. A PF cita dois exemplos recentes.
No estado do Ticino, antes do início de uma grande obra para a travessia ferroviária dos Alpes, a maior parte dos imóveis disponiveis foi transformada em casas de prostituição. O mesmo já vem sendo feito na região onde será organizada a exposição nacional de 2002.
swissinfo com agências.

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