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Termina instrução do caso Salinas

Raúl Salinas na penitenciária de Almoloya de Juarez, estado do México Keystone Archive

Juiz suíço encerra instrução contra Raúl Salinas, acusado de lavagem de dinheiro. Cabe ao México determinar origem de mais de 100 milhões de dólares que, provisoriamente, ficam congelado na Suíça.

Em Genebra, o juiz Paul Perraudin concluiu instrução por suposta lavagem de dinheiro por parte de Raúl Salinas de Gortari, irmão de Carlos (presidente do México de 1988 a 1994).

O juiz suíço assinala que as autoridades mexicanas excluíram que as somas retidas sejam procedentes do tráfico de drogas. Estima que cabe às autoridades judiciárias daquele país determinar se a soma provém ou não desvio de dinheiro público.

Caso seja um “assalto” ao erário, os 130 milhões de dólares serão restituídos ao País. A Suíça podia reter uma parte da soma unicamente se a origem fosse de tráfico de drogas.

Histórico

Raúl Salinas de Gortari cumpre sentença de prisão de 27 anos, por ter sido mandante no assassinato de seu ex-cunhado, Francisco Ruiz, secretário geral do PRI, Partido Revolucionário Institucional. O crime, em 1994, aconteceu meses antes do irmão de Raúl terminar o mandato presidencial.

A justiça suíça começou a interessar-se por Salinas em 1998, quando Paulina Castañon, esposa do preso (encarcerado em 1995) foi detida em Genebra ao tentar sacar dinheiro de um banco, com documentos falsos. Desde então o dinheiro de Raúl Salinas está congelado. Na época eram 118 milhões de dólares, com os juros já chegam a 130 milhões, aproximadamente.

Salinas tem versão própria

As acusações relativas a tráfico de drogas foram feitas pela agência americana Drug Enforcement administration (DEA) e reforçadas pela Procuradoria Federal, na Suíça. Raúl – suspeito de ter facilitado contrabando de cocaína da Colômbia para os Estados Unidos – nega as acusações.

Argumenta que os milhões de dólares bloqueados na Suíça foram fornecidos por empresários para a criação de um fundo de investimento

Cabe agora à justiça mexicana provar o contrário.

swissinfo com agências

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