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Zurique e Genebra: ricas e caras

Butique de luxo na avenida Bahnofstrasse em Zurique, cidade onde o poder de compra é um dos mais elevados do mundo. Keystone

Segundo uma pesquisa do UBS, Zurique e Genebra estão na quarta e sexta posições entre as cidades mais caras do planeta. Em primeiro lugar ficou Oslo.

Zurique e Genebra também estão nas primeiras colocadas em poder de compra. Os salários pagos também estão entre os mais elevados de todas as cidades analisadas.

Oslo, Londres, Copenhagen, Zurique, Tóquio e Genebra são as cidades mais caras do mundo. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo UBS, o maior banco suíço, que comparou 71 cidades através da analise de uma cesta de compras e serviços.

Em relação à primeira pesquisa realizada em 2003, a classificação teve algumas modificações. A mais marcante delas é que Londres, a capital britânica, chegou à segunda posição, enquanto Tóquio caiu do segundo lugar para o quinto.

Levando-se em conta o poder de compra dos habitantes – seja o salário-hora líquido dividido pelo preço do cesto de bens e serviços (sem incluir os aluguéis) – as duas metrópoles helvéticas elevam-se às duas primeiras posições, antes de Dublin e Los Angeles. O banco explica o resultado pelas remunerações pagas no setor público.

Contrariamente a um grande número de países emergentes, onde os professores ou motoristas de ônibus recebem salários claramente inferiores aos pagos em outras profissões do setor privado, na Suíça, assim como na Escandinávia, essas profissões são bem remuneradas.

Também é importante levar em conta que Zurique e Genebra têm os preços mais elevados do planeta, sobretudo para os gêneros alimentícios.

Índice Big Mac

Ao utilizar como índice de poder de compra o “Big Mac”, o produto mais homogêneo do mundo, é necessário em média mundial trabalhar 35 minutos para comprá-lo.

Em Zurique, o hambúrguer pode ser comprado com apenas 15 minutos de trabalho e Genebra, com 16. Nos extremos da classificação, um habitante de Bogotá deve trabalhar 1 hora e 37 minutos. Já o habitante de Los Angeles não precisa mais do que 11 minutos.

Para realizar o estudo “Preços e salários 2006”, o UBS formou um cesto com 122 bens e serviços em 71 capitais. Ao incluir cesto aluguel e habitação, o custo de vida mais elevado acaba caindo em duas cidades: Londres e Nova Iorque.

As cidades mais baratas do mundo são Kuala Lumpur, Bombay, Dehli e Buenos Aires. Segundo os autores do estudo, a distância entre as classificações também podem ser explicadas pelas flutuações das taxas de câmbio. Devido à desvalorização crescente do dólar americano, Nova Iorque e Chicago decaíram, ficando em sétimo e 14o lugar.

Ao inverso, Pequim (62a) e Xangai (60a) continuam ainda no grupo das cidades mais baratas do planeta, apesar do vigoroso impulso econômico da China. A explicação está no fato de que o yuan, a moeda nacional, não estar submetida às pressões do mercado. As taxas de câmbio da moeda são controladas pelo banco central chinês.

Europa cara

De forma geral, o custo de vida mais elevado está na Europa, que conta 14 cidades dentre as 20 mais caras do mundo. Na Europa ocidental, é necessário ir para Liubliana, classificada em 44a posição, para poder observar um nível de preço mais reduzido.

No quesito “salários”, a Europa também domina a classificação. As remunerações mais elevadas são pagas em Copenhagen, Oslo, Zurique e Genebra. Nova Iorque ocupa a quinta posição, seguida por Londres, Chicago, Dublin, Frankfurt e Bruxelas.

Por outro lado, levando-se em conta os salários líquidos, as cidades escandinavas e alemãs recaem devido à forte taxação e descontos sociais. Ao inverso, Londres e Dublin são consideradas “valores em ascensão”.

Na América do norte e na Europa ocidental, o salário médio por hora em 14 profissões de referência chega a 15 euros brutos (23,50 francos). Nas cidades asiáticas e da Europa do leste, essa remuneração fica entre 3 e 4 euros brutos.

swissinfo com agências

A pesquisa “Preços e salários” do UBS mostra que o número anual de horas de trabalho na Europa ocidental chegou a 1.687 (39 horas semanais). A média mundial é de 1.844 horas.

Trabalhando respectivamente 1.808 e 1.795 horas por ano, os zuriquenses e os genebrinos estão em posição de liderança, acompanhando os londrinos (1.782 horas).

Os parisienses ocupam o último lugar da classificação mundial, com um número anual de horas trabalhadas de 1.481 (35 horas semanais).

Os habitantes de Seul chegam a trabalhar 2.317 horas por ano (50,2 horas por semana), Hong-Kong (2.231 horas), Bombay (2.205), Taipei (2.143) e Nova Delhi (2.121).

1. Oslo
2. Londres
3. Copenhague
Seguidas por Zurique, Tóquio, Nova Iorque e Dublin

1. Copenhague,
2. Oslo
3. Zurique
Seguidas por Genebra, Nova Iorque, Londres, Chicago e Dublin

1. Zurique
2. Genebra
3. Dublin
Seguidas por Los Angeles, Luxemburgo, Chicago, Nova Iorque e Berlim

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