Zurique está fora da “Superbolsa”
"A bolsa suíça continuará sendo atrativa enquanto grandes empresas forem cotadas em francos suíços". A previsão é de especialistas suíços reagindo à fusão entre Londres e Frankfurt para criar a maior bolsa européia e terceira mundial.
Pelo menos por enquanto especialistas suíços acham que a bolsa suíça, em Zurique, não precisa se preocupar com as fusões anunciadas na Europa. Londres e Frankfurt vão formar a maior bolsa européia e terceira mundial, depois de Nova York e Tóquio. Em março, Paris, Bruxelas e Amsterdã haviam anunciado a criação da Euronext, produto da fusão entre elas, que vai operar a partir de setembro.
Jean-Pierre Béguelin, do Banco Pictet & Cie., acha difícil avaliar os efeitos a longo prazo para a bolsa suíça mas afirma que ela poderá resistir enquanto grandes empresas forem cotadas em francos suíços.
As fusões na Europa obedecem à lógica do Euro, moeda única européia, segundo outros especialistas. Como os mercados cresceram muito nos últimos anos, fica mais difícil e sobretudo mais caro tratar com bolsas nacionais. Existe ainda a questão tecnológica, com investimentos altos para introduzir dos sistemas eletrônicos. A presidente da Bolsa suíça, Antoinette Hunzicker-Ebneter, acha que “já foi o tempo” das bolsas nacionais.
Outros analistas apostam que haverá futuramente uma única Bolsa européia, formada pelas 7 ou 8 principais, entre elas a Bolsa suíça. Em todo caso, o conceito da Bolsa eletrônica suíça está entre os mais avançados da Europa.
swissinfo com agências.
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