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“Povo não deve pagar por sanções financeiras”

Chanceler, Joseph Deiss - foto de arquivo Keystone

A Suíça e Alemanha apresentam em novembro à ONU, em Nova York, proposta de sanções financeiras (contra movimentos terroristas e Estados) que evitem sofrimento do povo, como no Iraque. É o que anuncia o ministro suíço das Relações Exteriores, Joseph Deiss. Quanto aos ataques no Afeganistão, o ministro receia "uma resposta desproporcionada".

Joseph Deiss, em entrevista ao jornal Le Temps, de Genebra, comenta, de início, o revide norte-americano no Afeganistão aos ataques terroristas do mês passado. “A resposta não deveria visar a população civil afegã, nem ser desproporcionada”. Caso contrário, “corremos o risco de entrar numa espiral da violência”.

Para terrorismo não existe sigilo bancário

Indagado sobre a necessidade de quebrar o sigilo bancário suíço para lutar contra o terrorismo, o ministro foi categórico: “O sigilo não existe quando há terrorismo ou criminalidade”. Afirma não ter qualquer fundamento a opinião de que a Suíça seja um oásis para atividades criminosas ou terroristas. E acrescenta: “Somos líder na matéria”.

Joseph Deiss lembra que em 1999 a Suíça bloqueou contas que podiam estar ligadas a movimentos terroristas. O que foi feito só recentemente “por países que hoje fazem acusações”.

Suíça tem apoio alemão

A proposta a ser apresentada às Nações Unidas em novembro é uma iniciativa conjunta submetida pela Suíça e Alemanha. O objetivo, diz o ministro, é “elaborar sanções acertadas e eficazes no setor financeiro, a fim de evitar que as populações civis sejam atingidas”.

Deiss cita o caso do Iraque, que sofreu conseqüências das sanções da ONU, sem que o poder o presidente Saddam Hussein vacile.

Luta contra lavagem de dinheiro

O ministro Deiss estima que a Suíça está na vanguarda na questão da luta contra lavagem de dinheiro. E anunciou para dentro de duas semanas uma reunião entre representantes suíços e do G7, grupo dos países mais industrializados. Em debate, a colaboração internacional sobre desvio de fundos por políticos.

swissinfo com agências.

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