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A Televisão

Bagdá, 12 de setembro de 2003. Keystone

A televisão, como ocorre com o rádio, tem uma profusão de pais, inventores de diferentes sistemas, criados durante um período de incrível fecundidade que é o final do século XIX. Ela é, portanto, bem mais antiga do que geralmente se imagina.

Já em 1897, o alemão Karl Ferdinand Braun construía o primeiro tubo catódico: uma estrutura de vidro em forma cônica. No tubo se criava um vácuo para projetar um feixe de elétrons e sua extremidade se torna uma tela de televisão.

Esta descoberta permite a Braun dividir o Prêmio Nobel de Física com Guglielmo Marconi, pioneiro do rádio.

Em 1900, a palavra televisão aparece pela primeira vez no Congresso Internacional de Eletricidade de Paris. Mas, na época, tudo não passava de um projeto que ainda não tinha saído do papel.

É preciso esperar 1924 para que uma imagem realmente identificável apareça numa tela. E os anos 1930 para que se inaugurem os primeiros estúdios que difundam emissões regulares.

A televisão só se desenvolve realmente depois da Segunda Guerra Mundial, partindo à conquista do mundo nos anos 1950. E a TV em cores surge nos anos sessenta.

Hoje, em média, 1 habitante entre 4 dispõe de um televisor que em geral ocupa lugar de destaque nas residências.

Como a TV funciona

A televisão baseia-se no princípio do fragmentação da imagem em pontos.
Vários sistemas para fragmentar a imagem dessa maneira foram experimentados até o início dos anos 20. Mas a invenção decisiva aconteceu apenas em 1923.
É a varredura eletrônica, aplicada por Vladimir Zworykin, pesquisador de origem russa que trabalhava nos Estados Unidos. Todas as câmaras vídeo de hoje derivam do iconoscópio de Zworykin (primeiro tubo de filmagem eletrônica).
A imagem passa por uma objetiva (como na câmera tradicional), que a projeta numa superfície fotossensível colocada num circuito a vácuo.
Cada ponto dessa placa se carrega de maneira proporcional à luz que recebe. Ao mesmo tempo, a superfície é varrida por um feixe de elétrons que a descarrega ponto por ponto. Na outra extremidade, os elétrons reconstituem a imagem varrendo a tela e ativando a superfície de outros pontos fotossensíveis.
E, como acontece com o rádio, os sinais viajam pelas ondas entre e transmissor e o receptor. Mas a quantidade de informação a veicular é bem maior que a do rádio (a transmissão do som e da imagem necessitam faixas 400 vezes mais largas).
Desde sua descoberta, a televisão não parou de evoluir rumo à produção de uma maior qualidade de imagens. E com a chegada do processo digital, a TV deveria finalmente aproximar-se da alta definição.
Note-se que a conexão do posto um console já possibilita utilizar a TV para navegar na Internet.

Como é feita a comunicação?

Pelas ondas. Através do ar e da maioria dos obstáculos, inclusive os prédios.
Pelo céu. Por meio de satélites que remetem a grande distância os sinais recebidos do transmissor.
Por cabo. É a volta ao fio. Qualidade é constante e evitam-se parasitas.
Pela Internet. Onde se encontram, além das grandes estações, numerosas rádios e televisões temáticas que têm a web como único canal de difusão.

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